Interlúdio: Enquanto Isso, No Império Proxia

 O Império Proxia era uma superpotência militar localizada ao norte da região de Strahl. Ele ostentava um grande tamanho de terra e fazia fronteira com o Reino de Bertram ao sul, que tinha uma forma mais longa horizontalmente, enquanto o Reino de Galark a sudeste tinha uma forma mais vertical.

No entanto, embora seu tamanho de terra fosse comparável a sua vasta capacidade militar, o Império Proxia era, na verdade, um país extremamente jovem estabelecido apenas 40 anos atrás.

O imperador fundador, Nidol, foi um antigo órfão nascido em um reino pequeno e empobrecido. Depois que cresceu e começou a trabalhar como mercenário, ele fez seu nome com sua habilidade de luta incomparável. Depois de tomar a soberania do pequeno reino ao qual pertencia, ele formou o Império Proxia.

As terras ao norte da região de Strahl já foram conhecidas como países beligerantes, grandes em número e pequenos em tamanho. Liderado por Nidol, o exército do Império Proxia os atacou um após o outro e expandiu seu tamanho de terra em um piscar de olhos. No centro de sua força militar estavam os cavaleiros semi-dragões de elite, um esquadrão formado por semi-dragões de classe baixa, incluindo Winged Lizards e Lizards Runners. Eles fizeram uso da mobilidade dos semi-dragões para se especializar em ataques do tipo blitzkrieg e capturar mais de vinte pequenos países até o momento.

No entanto, o guerreiro mais forte que apoiou o Império Proxia não estava entre os cavaleiros semi-dragões. A pessoa mais forte do império, tanto no passado quanto no presente, era o imperador fundador — Nidol Proxia.

Mesmo na casa dos sessenta, o corpo físico de Nidol não mostrava nenhum sinal de velhice; sua enorme estrutura ainda era dura como uma rocha e suas proezas de luta tremendas como sempre, deixando seu próprio país e outros países com medo. A notícia das façanhas militares de Nidol se espalhou por toda a Strahl, tornando-o sem dúvida o mais forte de toda a região.

No momento, em algum lugar da capital imperial do Império da Proxia, Nidgard, Nidol estava na ampla varanda do imponente castelo imperial, olhando preguiçosamente para a paisagem urbana da capital abaixo. Embora a área normalmente seria proibida até mesmo para os nobres da corte imperial, por trás de Nidol falou uma voz masculina amigável.

"Yo, Nidol. Como tá indo?"

"Entediado.", Nidol respondeu apaticamente. Ele não se preocupou em se virar, não mostrando nenhum interesse no homem falando com ele.

O jovem estava vestindo uma roupa de soldado. Seu corpo estava vestido com roupas de combate de alta qualidade e havia uma espada pendurada em sua cintura, mas ele não mostrou nenhum dos maneirismos adequados de um cavaleiro.

"Ha. Você está sempre parecendo tão deprimido. Você está tão inquieto para a guerra? Na verdade, estou preparando um palco interessante para você participar.", disse o homem com um sorriso de escárnio.

"Hmph. Meus gostos não combinam com os seus. Eu não estou interessado.", Nidol respondeu com um suspiro.

"Certo, certo. Teimoso como sempre, entendo. Deixando isso de lado, o que você vai fazer? E o Reino de Bertram? Embora eu não esteja envolvido nisso.", o homem encolheu os ombros com um suspiro.

"Eu não poderia me importar menos com aquele reino.", afirmou Nidol sem rodeios.

"Vamos, vamos, você não deveria ser assim. Não seria divertido se a facção Albor caísse agora."

"Não se preocupe com isso. Em sinal de amizade e garantia, enviei um embaixador oficial da boa vontade. Nada virá de seus conflitos internos."

"Hah. Você com certeza saiu do seu caminho por um reino que cairá mais cedo ou mais tarde.", ao contrário de suas palavras, o homem deu um sorriso agradável.

"Suponho que concordamos nisso.", disse Nidol, resmungando com um sorriso.

"Então, acho que vou voltar para o Reino de Paladia agora.", sem mais nada a dizer, o homem fez menção de dar a volta e sair, quando a voz de outro homem soou pelo terraço.

"Por favor espere um momento."

"Ah? Ora, se não é Reiss. ", o homem se virou e disse. Ali, diante dele, estava o homem em questão.

"Eu estive o procurando, Lucius-sama.", disse Reiss, sorrindo com um sorriso sem emoção.

"Hah, e você sempre parece aparecer na hora mais conveniente para você.", Lucius disse com um sorriso de escárnio.


"Vamos, não diga isso. Você e eu nos conhecemos muito bem, não é?", Reiss respondeu com um sorriso vazio.

"Pare com isso — é nojento. Se você tem negócios, diga logo.", Lucius disse em clara irritação. Nidol não parecia estar particularmente interessado na conversa deles, já que observava com uma expressão vazia.

"Na verdade, eu queria pedir sua ajuda.", disse Reiss.

"Vamos ouvir os detalhes.", disse Lucius com um sorriso.

"Como você já deve ter ouvido, o Reino de Bertram foi abalado pelo incidente envolvendo a cerimônia de casamento de Charles Albor. Estou pensando em atacar a Companhia Rikka para corrigir esse equilíbrio, mas me falta força militar para isso.", disse Reiss com pesar.

"Está dizendo que sua coleção não é suficiente?"

"Sim, a confidente mais íntima da Companhia Rikka era mais forte do que o esperado, junto com— não, além de outro caso bastante irregular. Em termos de habilidade de combate, mesmo um número significativo de minotauros e revenants não foi suficiente para lutar."

"Hou~?", os olhos de Lucius se arregalaram com interesse.

"Este caso irregular tem sido um espinho para mim, por isso gostaria de pedir sua cooperação. Ah, e sua ajuda não será necessária, Nidol-san. Você se destaca demais.", Reiss disse, voltando-se para Nidol para declarar as últimas frases com ênfase.

"Hmph. Eu estou ciente.", Nidol bufou desinteressadamente.

"Então você quer que eu cuide desse caso irregular, é isso?", Lucius perguntou brincando, mas Reiss balançou a cabeça bruscamente.

"Não, farei com que meus monstros criem uma distração enquanto você estará encarregado de realizar um sequestro."

"Tch. Que papel chato.", Lucius estava claramente desapontado.

"Como deveria ser. Se o sequestro for bem-sucedido, o objetivo do ataque será alcançado. Propositalmente, colocar o nosso melhor contra um adversário formidável seria a mais tola das jogadas de se fazer.", Reiss suspirou exasperado. Ele sabia que Lucius devia estar ciente disso, mas também sabia que às vezes ele gostava de priorizar seu próprio prazer sobre a lógica.

"Eu sei, eu sei. Bem, eu ainda terei a certeza de me divertir do meu jeito. Então, quem você quer que eu sequestre? Se você está em Amande, então seria aquela pirralha 'Lise-alguma-coisa', que tem feito seu nome em toda parte recentemente, não é?", Lucius perguntou casualmente.

"Não. Embora seja favorável tomá-la se a chance surgir, ela é apenas minha segunda prioridade. O alvo é outra pessoa.", Reiss balançou a cabeça levemente.

"Ha? Você não estava mirando na Companhia Rikka?", Lucius franziu a testa em dúvida.

"Sim, atacar Amande e destruir a cidade criaria um grande problema para a Companhia Rikka, ou melhor, para o Reino de Galark em geral.", Reiss respondeu de forma indireta.

"Hah. Corta essa merda, me diga logo quem é o alvo.", Lucius apressou Reiss com aborrecimento.

"A Segunda Princesa de Bertram — Sua Alteza, Flora."

Reiss revelou o nome do alvo de ataque, e o plano para atacar Amande prosseguiu discretamente.



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