Epílogo: Para Você, Minha Pessoa Preciosa
Um dia, cerca de dois meses depois que Rio e os outros chegaram à vila dos Seirei no Tami... No Reino de Bertram — capital Beltrant — uma jovem que parecia estar na metade da adolescência estava no jardim do castelo real. Seu nome era Celia Claire: ela era filha de um conde e a pessoa mais jovem a se formar na renomada Academia Real de Bertram.
Os longos cabelos prateados de Celia balançavam com o vento enquanto ela olhava tristemente para uma única carta em suas mãos. O nome Haruto estava definido como remetente.
Celia conhecia o nome; ela já havia recebido uma carta de um certo garoto usando aquele nome uma vez antes, então ela estava convencida de que esse mesmo garoto foi quem escreveu a carta também.
O conteúdo da carta era direto e escrito em uma caligrafia familiar, afirmando que ele se atrasaria, mas definitivamente voltaria para vê-la novamente.
"Olá, Celia... Então você estava aqui o tempo todo.", um homem de seus trinta e poucos anos apareceu, assumindo ares ao falar com Celia. O homem vestia elegantes roupas de cavaleiro, com várias medalhas presas ao peito.
"Charles-sama...", Celia escondeu a carta imediatamente e se dirigiu ao homem — Charles Albor — rigidamente.
"Não há necessidade de ser tão formal. Vamos nos casar na próxima semana, não é? Que tal você me chamar de 'querido' em vez disso?", Charles sorriu presunçosamente para Celia.
"Não, umm... Isso é um pouco... Ainda é um pouco constrangedor para mim...", Celia abaixou a cabeça e mordeu o lábio timidamente.
"Eu gosto do seu senso de castidade; é realmente adorável. Você até se recusa a segurar a mão de seu noivo. Estou ansioso para ver como você mudará depois do nosso casamento.", Charles riu.
Arrepios percorreram a pele de Celia enquanto ela mantinha a cabeça baixa, fingindo constrangimento.
"Charles-sama, você tem um minuto?", um cavaleiro apareceu de repente do nada, chamando Charles.
"Minha nossa... Justamente quando eu vim cumprimentar minha adorável noiva, o trabalho veio chamando. Nestes tempos em que o reino está em desordem, os ocupados deveres de uma grande família nobre parecem nunca cessar.", disse Charles, encolhendo exageradamente os ombros ao expressar sua decepção.
"Todo mundo se sente ansioso sem você por perto, Charles-sama. Por favor, não se preocupe comigo e vá até eles.", Celia deu um sorriso vazio, tentando encorajar Charles a ir.
"Sim, devo fazer isso. Eu virei visitá-la novamente em breve, minha querida.", Charles assentiu satisfeito, depois deu meia volta e foi embora com seu subordinado.
Celia o observou indo embora e soltou um profundo suspiro, em seguida, pegou a carta que havia escondido antes e a apertou contra o peito.
"Rio...", ela sussurrou ansiosamente, à beira das lágrimas.
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