Capítulo 7: Outro Ataque
Na manhã seguinte, em um momento antes do sol nascer e estar tingido de azul lápis, quando a terra estava começando a iluminar com o amanhecer que se aproximava, Aishia visitou o quarto de Rio para tentar acordá-lo.
"Haruto, acorde."
"... Aishia? Bom dia.", Rio imediatamente abriu os olhos, mas sua expressão ainda estava meio adormecida quando ele respondeu.
"Bom dia. É uma emergência.", Aishia disse em uma voz monótona.
"O que aconteceu?", Rio perguntou com um olhar sério.
"Monstros apareceram de repente."
"... Dentro ou fora da cidade?"
"Não sei a posição exata deles. Mas eles estão a oeste. A presença deles é confusa, então provavelmente há muitos deles. Eu deveria ter notado uma presença tão forte muito antes, mas não pude dizer.", Aishia disse em uma rara demonstração de preocupação.
".... Compreendo.", Rio saiu da cama e colocou a mão no ombro de Aishia. "Por enquanto, vamos tentar compreender melhor a situação. Onde está a Sensei?", ele perguntou com uma voz calma.
"Ainda dormindo.", Aishia olhou para o rosto de Rio enquanto respondia. Imediatamente depois, os sinos de emergência da cidade começaram a tocar, ecoando no portão da cidade.
Um instante depois, o som familiar do rugido de um monstro ressoou alto pelo ar.
"MROOOOOOOH!"
◇ ◇ ◇
Mais cedo naquele dia, no posto de observação do portão oeste de Amande...
"Huaaah...", um soldado bocejou ruidosamente.
"Ainda é muito cedo para o seguinte turno chegar. Controle-se — estamos em alerta máximo agora.", seu superior, que estava em guarda com ele, o repreendeu com uma voz mais dura do que o normal.
Atualmente, Amande havia reforçado sua guarda devido a certas circunstâncias imprevistas, tornando os turnos mais frequentes e aumentando o número de soldados nos portões leste e oeste. Um grande número de soldados tinha sido designado em particular para o portão oeste, que era onde o grande número de monstros havia aparecido na floresta.
A propósito, a seção norte de Amande era um lago — sua principal fonte de água — então não havia entrada lá. Além disso, a anteriormente pequena cidade de Amande havia se desenvolvido rapidamente e se tornado uma grande cidade nos últimos anos, e eles ainda estavam no meio do desmatamento para mais expansão. Com a expansão da cidade veio a alocação das áreas metropolitanas, de modo que as terras que antes estavam espalhadas entre o Leste e o Oeste passaram a ser alocadas nas áreas desmatadas ao sul.
As paredes externas da cidade não eram feitas de pedra como as paredes de um castelo, mas de toras que podiam ser movidas toda vez que ocorresse a expansão.
"Sim.", o soldado que bocejou se recompôs e assentiu. Ele deve ter sentido orgulho por seu trabalho em proteger Amande, pois seu rosto estava bastante sério.
"Ei! Tem alguém na estrada?!", de repente, outro soldado na vigia avistou uma figura à distância.
"Uma pessoa, a esta hora?", o superior esfregou os olhos em dúvida.
"Há muitos deles. Quantas pessoas são?", outro soldado ao lado deles falou rapidamente. O portão estava iluminado por tochas de fogo, mas o ambiente ainda estava escuro e suas visões estavam obscurecidas pela névoa. Para começar, era impensável estar caminhando ao longo da estrada da floresta àquela hora; embora houvesse um caminho, as florestas ficavam totalmente pretas à noite. Além de ser incapaz de perceber a menor distância, havia também o perigo de feras noturnas perambulando. Até mesmo os portões da cidade ficavam firmemente fechados até o amanhecer.
"Pensando bem, recebemos uma mensagem de que os cavaleiros estrangeiros que foram investigar a floresta podem voltar. Ah, mas a mensagem avisava que também podiam aparecer monstros não identificados...", lembrou o superior com cara de dúvida. Nesse tempo, as figuras foram se aproximando gradualmente.
"Uuuh...", dezenas de revenants apareceram com um gemido assustador. Havia alguns de pele cinza espalhados entre os de pele cinza escuro, mas era difícil distingui-los na luz fraca.
Por suas cabeças sem pelos, expressões de sinistra loucura e corpos completamente nus, estava claro que eles não eram humanos.
"S-São os monstros não identificados! Toque o alarme!", o superior ordenou a um soldado próximo em estado de choque.
"S-Sim!", o soldado ordenado respondeu agitado, tocando os sinos do posto de vigia em um ritmo fixo. O som dos sinos ecoou alto pela cidade tranquila.
"Geehehehe!", um grande exército de goblins e orcs saltou da floresta de uma só vez.
"Nós os estamos parando aqui, pessoal! Não deixem que eles entrem pelo portão!", o superior gritou com determinação nos ombros, obviamente consciente do pior cenário possível.
"Sim!", os soldados assentiram com firmeza. No entanto, o rugido de um monstro feroz ecoou alto na parte de trás da estrada.
"MROOOOOOOOOH!"
"?!", os soldados tremeram com o som.
"N-Não me diga...", um sentimento ruim tomou conta do superior, fazendo-o fazer uma careta. Ele se lembrou da mensagem e de como ela dizia que havia mais um tipo de monstro além dos revenants não identificados.
Eles eram chamados de minotauros — monstros que se alastraram com fúria durante a Guerra Divina. Um momento depois, o chão sacudiu com um thump, thump, thump.
"E-Estão chegando!", o superior gritou.
"MROOH!", das profundezas da estrada enevoada apareceu o minotauro. Os monstros amontoados na estrada moveram-se para os lados para permitir sua passagem.
"É-É enorme!", o posto de vigia em que os soldados estavam ficava dez metros acima do solo, mas o minotauro ainda parecia enorme quando eles olhavam para ele. Tinha facilmente quatro metros de altura.
De repente, o minotauro deu um salto correndo.
"...!", os soldados ficaram momentaneamente no nível dos olhos dele e seus queixo caíram em choque. O minotauro brandiu sua espada larga de pedra com força.
"I-Isso vai quebrar o portão! Retirada!", no momento em que o superior gritou em voz alta, o portão da cidade foi destruído pela espada de pedra. A fundação foi esmagada em pedaços, fazendo com que o posto de vigia no topo desabasse no chão.
"Guh. Preparem-se para o impacto! O combate começa assim que alcançamos o solo!", o superior mal conseguiu gritar.
"Gufufufu.", o minotauro contemplou as ruínas do portão que destruiu e deixou sua boca se abrir em um sorriso cheio de dominação.
Parece que conseguimos obter uma rota de entrada sem problemas. Tudo o que resta é espalhar o combate o mais longe possível e extrair seu poder. O portão leste é o próximo. Reiss estava escondido entre os monstros na floresta, observando silenciosamente o minotauro e a situação ao redor. Ele suspirou baixinho, antes de flutuar suavemente no ar.
Mas o problema será aquele espírito humanoide e seu contratado. Teremos que nos adaptar aos seus movimentos, mas se o espírito se materializar, será fácil de localizar. Por enquanto, devemos aproveitar esta chance para abrir o portão leste. Não deveria haver tantos soldados colocados ali, Reiss pensou enquanto se movia rapidamente em direção ao portão leste.
◇ ◇ ◇
Em outro lugar, Rio levou Aishia para fora de seu quarto e através da sala de estar, continuando rapidamente em direção ao quarto onde Celia estava dormindo... apenas para ver Celia saindo do quarto em pânico.
"Rio, Aishia, vocês estão aí?!", parecia que a comoção lá fora a tinha acordado.
"Sensei."
"Rio, Aishia — ainda bem...!", Celia suspirou de alívio, abraçando Rio firmemente. Quando ela acordou assustada, a cama em que Aishia deveria estar dormindo estava vazia. Ela provavelmente estava preocupada.
"Está tudo bem. Não há necessidade de se preocupar.", Rio disse, abraçando Celia gentilmente.
"S-Sim...", Celia enterrou o rosto no peito de Rio, assentindo hesitantemente.
"Parece que um grande número de monstros apareceu, dentro ou fora da cidade. Provavelmente há minotauros também.", assim que Rio confirmou que Celia havia se acalmado, ele explicou as circunstâncias.
"...O que você vai fazer?", Celia olhou para o rosto de Rio e perguntou nervosamente.
"Vamos ver.…", Rio murmurou enquanto pensava consigo mesmo.
Ele era apenas um forasteiro, e era dever de Liselotte proteger a cidade de Amande. Como esta terra era a base de Liselotte, ela certamente tinha força militar suficiente sob seu nome, ao contrário de quando foram atacados na estrada. Embora os minotauros fossem difíceis, era possível expulsá-los com um grande número de pessoas com a força de um cavaleiro.
No entanto, ele não poderia ter uma abordagem otimista sem mais informações. Se o número de monstros ultrapassasse o da defesa da cidade, o pior cenário certamente poderia ocorrer.
Não é que eu seja obrigado a proteger Amande, mas não posso permitir que a Liselotte-san caia aqui... E também não posso expor a Sensei ao perigo, Rio pensou, organizando seus motivos e a situação em questão. Se ele estivesse pensando apenas em fugir, então poderia simplesmente voar para fora da cidade com artes espirituais. Era indesejável usar artes espirituais na frente dos outros, mas ele poderia explicar suas artes espirituais de vento mais usadas como um produto da sua espada mágica elemental do vento.
No entanto, não pareceria muito bom para Liselotte se mais tarde ela descobrisse que a primeira coisa que eles fizeram foi fugir para um lugar seguro por conta própria. Sem mencionar que, se Amande fosse destruída aqui, a relação favorável que ele vinha construindo com Liselotte cessaria. Se possível, Rio queria evitar isso. O que significava—
Preciso de mais informações primeiro. Minha decisão final pode vir depois disso.
De qualquer forma, correr para a ação era imprudente e irresponsável. Contanto que não fosse um dilema com risco de vida onde seria melhor fugir sem pensar duas vezes, era a chance perfeita para deixar Liselotte em dívida com ele.
"Ei, Rio. Você não precisa se preocupar comigo. Eu sei que sou o maior obstáculo para nós, mas também posso lutar um pouco se puder usar magia. É por isso... umm. Você deve escolher a ação que é melhor para você.", Celia percebeu que a expressão de Rio era séria e falou com hesitação. Seus olhos mostravam um vislumbre de sua firme intenção de seguir Rio — não importa o quê.
".... Bem.", Rio assentiu com um sentimento indescritível. "Então vamos nos trocar primeiro, para que possamos nos mover facilmente.", ele sugeriu com seu sorriso habitual para tranquilizar Celia.
◇ ◇ ◇
Depois que Rio terminou de trocar sua roupa de dormir por suas roupas de combate de Black Wyvern, ele se dirigiu para o jardim dos fundos da pousada sozinho. Os funcionários e hóspedes da pousada notaram a comoção há algum tempo, mas a atenção deles foi atraída para a entrada voltada para a praça, portanto não havia ninguém no jardim dos fundos. Rio aproveitou-se disso e se ergueu no ar, então olhou para baixo no lado oeste da cidade de cima. Do céu, o solo abaixo parecia bastante escuro.
O portão foi destruído.... Deve haver muitos monstros.
Rio notou a situação. A praça no portão oeste que normalmente estaria transbordando de barracas e clientes estava atualmente cheia de goblins e orcs. Os minotauros e revenants vinham na retaguarda, mas ainda observavam de longe. Por outro lado...
A reação da cidade também é rápida.
Soldados e aventureiros já estavam se reunindo na entrada da estrada que leva ao portão oeste e assumindo formações de batalha. Eles estavam formando uma linha de defesa improvisada para evitar que os monstros invadissem ainda mais; era possível que o pessoal tivesse sido colocado no portão oeste com antecedência, por precaução.
Além disso, a praça perto do portão foi aparentemente projetada com a intenção de convidar inimigos externos para entrar e bloqueá-los. Enquanto a estrada para a cidade fosse defendida, os edifícios restantes funcionariam como uma barricada impedindo a invasão. Mesmo que um grande número de monstros passasse pela entrada da estrada, as limitações de largura significavam que o número de monstros ao alcance diminuiria. Felizmente, parecia que eles seriam capazes de manter o forte. Durante esse tempo, os moradores ao longo da estrada evacuavam em direção ao centro da cidade.
Os reforços estão chegando um após o outro. Parece que isso vai ser…— Rio pensou, determinando o status do portão oeste, quando a telepatia de Aishia ecoou dentro de sua cabeça.
Haruto, muitos monstros surgiram no portão leste.
Leste? Rio girou no local e olhou para o leste. Lá, enxames de monstros estavam aparecendo da floresta bem diante do portão leste. Os vigias no portão perceberam o ataque surpresa e tocaram a campainha com pressa, mas um novo minotauro apareceu, soltando um rugido feroz.
"MROOOOOH!", ele abafou o som do sino de advertência, alertando a cidade de sua própria presença.
"MROGH!", o minotauro usou suas tremendas habilidades físicas para dar um salto correndo, voando sobre as cabeças dos goblins e orcs para chegar ao portão primeiro. Ele então balançou sua espada larga de pedra para baixo, quebrando o portão em pedaços.
"Guheehee!"
"Buhee! Buhee!"
Logo após o ataque do minotauro, os goblins e orcs passaram pela criatura, invadindo a cidade um após o outro.
.... Isso é muito. Quantas são no total? Estimando aproximadamente, Rio podia supor que o número de monstros a leste e oeste facilmente ultrapassava os mil.
E eles ainda estavam aparecendo das florestas. A situação estava piorando gradualmente.
Haruto, o que vamos fazer? Aishia perguntou.
Rio não respondeu imediatamente, em vez disso examinou toda a cidade. Com os portões leste e oeste violados, o único portão ileso ficava ao sul. O portão sul dava para grandes fazendas abertas, onde ainda não havia sinais de monstros.
Enquanto isso, a área ao norte onde a mansão de Liselotte estava localizada ficava em frente a um lago, então não havia portão lá. A área também era cercada por muralhas altas e robustas, que podiam ser usadas como área de evacuação em caso de emergência. A julgar pelos movimentos dos cidadãos no Sul, eles estavam se movendo em direção ao bloco norte.
Por enquanto, poderia ficar com a Sensei na sala e esperar? Não parece que os monstros chegarão ao meio da cidade tão cedo, e todos os cidadãos do Oeste estão se movendo para o centro. Parece que eles estão evacuando para o norte. Mesmo se você saísse agora, não seria capaz de se mover, Rio dirigiu Aishia calmamente enquanto olhava para o chão. A praça diante da pousada em que estavam hospedados já estava apinhada de residentes vindos do Oeste. Se os cidadãos do Leste também começassem a se mover para cá, seria mais seguro ficar dentro da pousada.
... Haruto, o que vai fazer? Aishia perguntou a Rio novamente.
As forças defensivas no portão leste são escassas. Eu irei bloqueá-los. Atualmente, apenas alguns soldados empunhando lanças estavam guardando a estrada em frente à praça do portão leste. Enfrentando eles estavam facilmente várias centenas de monstros, tornando-os simplesmente em menor número.
Eles não durariam nem um minuto, o que significava que os monstros tinham uma chance de chegar à pousada onde Aishia e Celia estavam. Mas Rio ainda poderia chegar a tempo.
Tenha cuidado.
Obrigado. Não vou deixar os monstros chegarem até vocês, mas...
Sim. Deixe a Celia comigo, a voz determinada de Aishia ecoou.
◇ ◇ ◇
Enquanto isso, na entrada da estrada de frente para a praça do portão leste de Amande, os soldados que protegiam a área perderam completamente os nervos.
"Eek! Há muitos deles!"
A vários metros de distância, o exército de goblins e orcs se aproximou.
"Idiota! Ainda há muitos cidadãos evacuando atrás de nós. Pelo bem de Liselotte-sama, também, proteja este lugar com sua vida!", o supervisor responsável pela área gritou motivado. Eles não podiam abandonar seus postos, pois ainda havia enormes multidões de residentes evacuando atrás deles.
"Isso mesmo! Vamos proteger este local com nossas vidas! Estou sozinha, mas estou aqui como um reforço!", a voz jovem de uma garota gritou. Era Chloe. Ela foi a primeira a ser enviada para verificar a situação no portão leste, onde a defesa era mais fina, quando os monstros atacaram de repente.
"Chloe-chan!"
"Pare de me chamar de 'Chloe-chan' — eu sou uma adulta!", Chloe respondeu com um sorriso amargo. Ela estava um pouco confusa sobre como as pessoas ainda a chamavam de "Chloe-chan" e a tratavam como uma criança, tendo visto ela crescer em Amande desde pequena com a pousada de sua família.
"Desculpa, Chloe-chan. Ter você aqui da equipe das maids é muito reconfortante. Contamos com você."
"Mō~, eu já disse...! Não, não há tempo. Vou usar magia para intimidar os monstros que estão se aproximando, então todos poderiam preparar suas lanças e lidar com os monstros que estão mais perto?"
"Deixe isso conosco!", os soldados assentiram e a batalha logo começou.
"Photon Bullet!", Chloe estendeu as mãos e ativou a magia. Um círculo mágico apareceu imediatamente, disparando balas de essência mágica convertidas em balas de energia de dentro do círculo.
"Gweh?!", as balas de luz afastaram os goblins. Era um tipo de magia que tinha força suficiente para nocautear um humano com um único golpe, dependendo de onde acertasse — o que significava que um goblin de corpo pequeno poderia facilmente ser mandado voando.
São tantos! Espero que os reforços cheguem logo...
O pânico logo apareceu no rosto de Chloe; lançar para longe um punhado de goblins não ia impedir o avanço do exército de monstros. Eles fecharam a distância com ela sem reservas, com uma clara confiança em seus sorrisos assustadores.
"Guheehee!", o orc gigante atuou como uma parede para os goblins, aproximando-se a poucos metros deles. Ao contrário dos goblins do tamanho de uma criança, os orcs tinham a altura de um humano adulto e uma pele grossa que não cederia tão facilmente a um tiro das Photon Bullets.
"...", em pânico, Chloe olhou para trás. Não havia sinal dos reforços, apenas a visão dos moradores evacuando apenas com as roupas do corpo.
A situação era desesperadora. Eles nem mesmo seriam capazes de durar minutos assim.
"Geeeehhk?!", de repente, um forte vendaval soprou diagonalmente do lado esquerdo, e todos os monstros bem diante dos olhos de Chloe foram facilmente soprados para longe.
"Eh...?", Chloe se pegou olhando com espanto. Os outros soldados também ficaram pasmos.
"Permitam-me ajudá-los até que cheguem seus reforços.", só então, Rio pousou levemente bem na frente de Chloe.
"H-Haruto?! Ah, não — quero dizer, Haruto-sama!", Chloe tartamudeou imediatamente.
"Chloe-chan.", o uniforme de maid que ela usava ajudou Rio a identificá-la imediatamente.
"U-Umm, por que está aqui?", Chloe perguntou hesitantemente.
"Achei que a defesa no portão leste seria mais fina, já que foi atacada mais tarde, então vim como reforço."
"M-Muito obrigada!", a resposta simplista do Rio encheu Chloe de alívio, e ela agradeceu do fundo de seu coração.
"Então, vamos reduzir o número de monstros o máximo possível antes que os reforços cheguem. Posso ir para a linha de frente?", Rio perguntou enquanto preparava sua espada e encarava os monstros, que pareciam estar cautelosos de Rio e congelaram no lugar.
"S-Sim, por favor.", Chloe assentiu com um breve grito.
"Então, se todos aqui puderem lidar com os monstros que chegam às ruas.", com essas palavras, Rio fechou calmamente sua distância com os monstros. Enviando essência para a espada em sua mão, ele criou uma grande rajada de vento e disparou contra os monstros.
"Guhee?!", dezenas de monstros diante dele foram empurrados de volta para o portão, facilmente lançados. Assim que ele fez isso, Rio estava investindo contra o grupo de monstros, iniciando o combate corpo-a-corpo.
"Q-Quem é, aquele Nii-chan?", os soldados murmuraram atordoados pela tremenda visão da destreza de combate de Rio, congelados em sua admiração.
◇ ◇ ◇
Enquanto isso, na propriedade da governante de Amande, Liselotte montou um posto de comando temporário em seu jardim para lidar com a situação em questão.
"Os cidadãos ficarão tensos de medo. Certifiquem-se de que sua realocação para o centro da cidade ocorra sem problemas. E o que foi aquele novo alarme e rugido de minotauro? Quero mais informações.", disse Liselotte a seus subordinados. A maid, Natalie, correu para dar seu relatório com uma expressão de dor.
"Houve uma mensagem da torre de vigia através do dispositivo de transmissão mágica. Parece que um grande número de monstros apareceu no portão leste, acompanhados por um minotauro. Eles parecem ter invadido." Só para constar, a torre de vigia era uma torre construída no distrito norte que supervisionava todas as áreas da cidade.
"O-O que disse?! Até onde eles entraram?", Liselotte pediu confirmação em pânico.
"Não temos detalhes no momento, mas eles os interceptaram na praça em frente ao portão leste. Mas nosso pessoal estará em menor número, então acredito que devemos enviar reforços o mais rápido possível..."
"Mesmo se enviarmos os soldados e aventureiros na retaguarda, eles correrão o risco de colidir com os cidadãos que evacuam pelo outro lado. E as maids enviadas perto do portão leste?", todas as maids podiam usar magia ou possuíam artefatos mágicos com magia para melhorar suas habilidades físicas. Se elas fossem mobilizadas, poderiam se mover de um ponto a outro com rapidez e suavidade.
"A maioria do pessoal foi enviada para o portão oeste, então, no momento, está apenas Chloe. Cosette e as outras devem estar no centro, auxiliando na realocação de cidadãos evacuados..."
"Então eu quero que você vá para lá imediatamente. Você pode levar a Cosette com você quando passar por ela."
".... Entendido.", Natalie assentiu após uma leve pausa. Ela hesitou porque o número de guardas da própria Liselotte seria reduzido sem ela.
A maioria das outras maids, além de Natalie, estava fora agora, então quase não restava nenhuma lutadora habilidosa. Embora ainda houvesse algumas maids, muitas delas eram inadequadas em termos de luta, fazendo de Natalie a maid mais experiente em combate restante. No entanto, a situação atual exigia que todos os lutadores qualificados estivessem em campo, mesmo que isso deixasse a mansão menos protegida. Caso contrário, a ameaça de rompimento das linhas de frente se tornaria mais provável.
Se o ataque for tão grande quanto o do portão oeste, estaremos sem força mesmo comigo lá. Cosette pode nem mesmo ser capaz de preencher essa lacuna... O coração de Natalie estava partido.
"Os cavaleiros do duque Euguno ficarão aqui na mansão, então você não precisa se preocupar com a minha proteção. Este deveria ser o lugar mais seguro da cidade de qualquer maneira, certo? Tudo que você precisa fazer é se concentrar em sua própria missão. Agora, vá, vá.", Liselotte parecia ver através das aflições de Natalie e a incentivou a partir com pressa.
".... Entendido. Então... Enchant Physical Ability.", Natalie ativou a magia para aumentar suas habilidades físicas e correu a toda velocidade, deixando a propriedade. Não muito depois disso, outra maid chamada Grace apareceu.
"Liselotte-sama, um relatório.", Grace podia lutar também, mas estava permanecendo na mansão por sua rara magia de cura.
"Prossiga."
"Um espadachim habilidoso apareceu na praça do portão leste. Ele está expulsando os monstros sozinho."
"...Haruto-sama?"
"Provavelmente."
".... Parece que devo a ele mais uma vez..., mas isso é um alívio. Natalie também está a caminho, então o portão leste deve ter mão de obra suficiente agora.", Liselotte franziu a testa, se desculpando enquanto falava, aliviada pelo aparecimento de reforços.
◇ ◇ ◇
Dentro das muralhas da área norte de Amande em um beco isolado...
"Hahaha, pensar que seria tão simples entrar sorrateiramente. Que fácil.", Lucius disse despreocupadamente. Depois de se esgueirar para o distrito norte entre os residentes evacuando, Lucius e Reiss vieram até aqui.
"Por favor, evite falar.", Reiss suspirou cansadamente.
"Não seja tão chato. Eu já tive que me afastar de um campo de batalha tão divertido. Você podia pelo menos me fazer companhia na conversa."
"Então, vamos falar de negócios. Assim que os minotauros derem o próximo sinal, começaremos a nos mover. Esteja preparado para avançar a qualquer momento."
"Entendido.", a boca de Lucius se torceu em um sorriso.
Agora, a aura do espírito humanoide permaneceu no centro da cidade todo esse tempo. E é hora da linha de trás se juntar à linha de frente... Reiss se virou na direção do bloco central e estreitou os olhos.
◇ ◇ ◇
Um pouco antes, na praça perto do portão leste...
"Incrível... isso é realmente incrível!"
Chloe foi cativada pela luta de Rio enquanto ela estava na entrada da estrada para a praça. Rio estava pulando ao redor da praça, enfrentando a multidão de monstros sozinho.
"Gyah?"”
"Buhee?!"
Os goblins e orcs estavam sendo abatidos assim que se aproximaram de Rio; a velocidade com que ele lidou com eles foi ainda mais rápida do que a de Aria lutando na estrada durante o último encontro.
"Ei, ei, Chloe-chan. Quem é aquele Nii-chan lutando ali?", um dos aventureiros que veio correndo como reforço perguntou com admiração.
"É o Haruto-sama — aquele que salvou a Liselotte-sama. Ele é um espadachim habilidoso.", Chloe respondeu sem tirar os olhos da praça. A pessoa com quem ela se encontrou apenas uma vez, anos atrás, estava oscilando livremente sua espada.
"Aquilo não é só ser habilidoso..."
A maioria dos monstros da praça estava atacando o Rio, fazendo dele um exército de um homem só. Ele virou o jogo com cada monstro que atacou, fazendo com que as criaturas na praça encontrassem seu fim com rapidez. De vez em quando, monstros passavam furtivamente por ele em direção à estrada, mas aqueles eram fáceis para Chloe e os outros lidarem com eles.
".... Não precisamos ajudá-lo?", o aventureiro perguntou hesitante. Eles poderiam chamar a atenção dos monstros se tentassem ajudar de forma imprudente, e não havia dúvidas de que seriam um obstáculo para o Rio, mas o aventureiro não pôde deixar de perguntar de qualquer maneira.
“.... Não podemos. O máximo que podemos fazer é atrapalhar. Bloquear a estrada aqui é um papel perfeitamente respeitável, e vamos acabar com os monstros que passarem pelo Haruto-sama.", Chloe respondeu calmamente, mas com um rosto cheia de culpa.
Eu não sou boa o suficiente. Se eu fosse pelo menos tão forte quanto as senpais... Rio estava em um nível muito diferente para ela medir com precisão, mas seu poder era pelo menos igual ao de Aria. Chloe não podia se dar ao luxo de se intrometer e fazer papel de boba.
Haruto...
Chloe de repente se lembrou da vez em que ele ficou na pousada de sua família há vários anos. Na época, Haruto havia sido importunado por alguns aventureiros adultos, mas se defendeu com facilidade. Naquela época, Chloe não podia fazer mais do que assistir a briga acontecer, ficando assustada com o derramamento de sangue e a comoção antes de se distanciar de Haruto. O que aconteceu sempre deixou uma impressão nela por algum motivo, e ela sempre se arrependeu.
"Entendido...", o aventureiro deve ter sentido algo na expressão vergonhosa de Chloe e assentiu calmamente.
".... Obrigada. Tenho certeza de que mesmo o Haruto-sama precisará de uma pausa. Seremos nós que lutaremos em seu lugar quando isso acontecer, então, por favor, prepare-se.", Chloe afirmou com um olhar sério. Não importa o quanto uma espada mágica pudesse temporariamente conceder força a uma pessoa, uma vez que toda a essência mágica fosse esgotada, o poder da espada não seria mais utilizável e o portador simplesmente voltaria a ser um humano normal.
"OK. Nesse caso, deixe a retaguarda conosco.", o aventureiro assentiu com determinação.
Enquanto isso...
.... Que estranho. Rio teve uma sensação estranha enquanto lutava. Embora ele não conseguisse se lembrar do número exato de monstros que havia derrubado, estava facilmente na casa das centenas. E ainda—
Por que os minotauros e os monstros humanoides não avançam?
Os poderosos monstros que lideravam o bando não mostraram sinais de dar um passo à frente. Na verdade, eles nem pareciam que iam se mover.
A força daqueles monstros teria sido suficiente para irromper nas profundezas da cidade de uma só vez, mas o minotauro tinha decidido invadir os portões de propósito. Ele poderia facilmente ter atravessado a parede ou saltado sobre ela.
Embora fosse conveniente tê-los em espera silenciosa como o lado defensor, a docilidade deles era um tanto estranha.
Eles estão esperando por algo? Rio pensou.
Os monstros eram os que estavam atacando. Eles eram criaturas selvagens que deveriam ter apenas o objetivo de matar pessoas, então era assumido que sua inteligência não ia muito além disso. No entanto, o fato de eles terem reunido um exército desse tamanho para atacar, e não todos ao mesmo tempo, era curioso. Era quase como se—
Invadir a cidade não é o objetivo deles?
Mas por que fariam tal coisa?
Aishia, algo mudou dentro da cidade? Rio perguntou através de sua telepatia. Como Aishia podia sentir a presença dos monstros até certo ponto, era possível que ela fosse capaz de notar qualquer anormalidade.
Nada em particular. A multidão na praça aqui está se dissipando. A evacuação dos cidadãos deve acabar logo, Aishia respondeu imediatamente.
Alguma mudança nos movimentos dos monstros?
Nenhuma. No Leste e o Oeste bloquearam os monstros.
.... Entendo. Obrigado. Vou tentar voltar logo, Rio informou Aishia depois de notar que reforços suficientes haviam se reunido na estrada atrás dele. Ainda havia monstros restantes, mas ele estava um pouco preocupado com Celia.
Certo. Entrarei em contato com você imediatamente se algo acontecer.
Sim. Os dois terminaram sua telepatia ali.
"Chloe!" Naquele exato momento, Natalie e Cosette vieram correndo da rua em frente à praça. As duas usavam uniformes de maids que também serviam de equipamento de combate, assim como Chloe.
"Natalie-senpai! Cosette-senpai!", a expressão de Chloe iluminou-se ao ver suas confiáveis senpais. Os soldados e aventureiros também as saudaram com compostura.
"E~tto, relatório de danos?", Natalie perguntou confusa, percebendo que a cena era muito mais pacífica do que ela esperava.
"Umm, Haruto-sama está lutando sozinho...", Chloe respondeu, olhando nervosamente para a praça. Mesmo neste momento, Rio estava massacrando os monstros que se aproximavam. Seus movimentos eram como os de um ágil acrobata, parecendo quase belos.
"... Como esperado, que incrível.", o olhar de Cosette já estava voltado para a praça, cativada pela visão da luta do Rio.
"Incrível..., mas ele deve recuar em breve, não acha? Ele está lutando há um tempo, certo? Sua essência mágica não vai durar.", Natalie disse preocupada.
"De fato. Agora que estamos aqui, ele pode recuar e descansar.", Cosette concordou imediatamente.
"Haruto-sama!"
Rio recuou para a estrada no momento perfeito.
"E~tto, se não me engano, é Cosette-san e.…"
"Esta garota é a Natalie. Estou honrada por se lembrar de mim.", Cosette sorriu alegremente.
"Sou uma das maids de Liselotte-sama, me chamo Natalie. É um prazer conhecê-lo, Haruto-sama. Obrigada por sua ajuda nestes tempos difíceis.", Natalie curvou-se respeitosamente.
"Agradeço em nome da minha mestra.", Cosette curvou a cabeça para Rio com um sorriso verdadeiramente adorável.
"Não é um problema. Na verdade, tenho um pequeno pedido.", Rio balançou a cabeça brevemente, olhando para os monstros na praça antes de ir direto ao ponto. Os monstros pareciam estar cautelosos com Rio, observando à distância.
"O que seria?", Natalie perguntou.
"Na verdade, fiz minhas companheiras esperarem na pousada, então elas ainda não evacuaram. Eu gostaria de voltar e me encontrar com elas.", afirmou Rio sucintamente.
"Então... é isso...", Natalie hesitou por um momento.
Seria um inconveniente a saída do Rio, já que o minotauro e os monstros não identificados ainda estavam à espreita atrás dos goblins e orcs. Se todos eles atacassem ao mesmo tempo, seria extremamente difícil defender a área.
No entanto, para começar, Rio não era um soldado ou aventureiro de Amande — ele deveria ser um plebeu sem deveres militares. Sua ajuda agora era totalmente voluntária, então Natalie não podia insistir que ele ficasse para lutar.
No entanto, Rio pareceu sentir a apreensão de Natalie. "Em troca de deixar este lugar para vocês, eu vou acabar com aquele minotauro. O que acha?", ele sugeriu como um meio-termo. Ao contrário do portão oeste, apenas um minotauro havia aparecido no portão leste. Além disso, havia menos revenants do que o portão oeste. A ameaça diminuiria muito se ele derrotasse o minotauro.
".... Haruto-sama é um plebeu, então é claro. Não temos direito a mantê-lo aqui. Mas, aquilo está na retaguarda."
Natalie olhou atentamente para o minotauro que esperava fora do portão. Cronologicamente, ele teria que ser derrotado por último. Embora pudesse ser atacado com magia de longa distância, as habilidades físicas do minotauro provavelmente permitiriam que ele evitasse a velocidade de um ataque médio.
"Não, eu vou cuidar disso daqui.", Rio declarou com firmeza.
"...P-Perdão?", Natalie inclinou a cabeça, confusa sobre como isso seria possível.
"Então... aqui vou eu."
Rio entrou na briga novamente. Um brilho intenso envolveu a lâmina de sua espada enquanto ele permanecia em pé com a ponta apontada para o minotauro.
"Geehee?!", os monstros estavam olhando para Rio com cautela. Então, depois de se comunicarem com um olhar compartilhado, todos pularam no Rio ao mesmo tempo.
"Geeheehee!"
"?!", Natalie e os outros ficaram boquiabertos. Uma bala de canhão de essência mágica revestida de artes espirituais do vento tinha acabado de irromper da ponta da espada de Rio. O único tiro passou pela parede na velocidade do som.
"Geehee?!", os monstros que saltaram no Rio foram levados pela onda de choque, e a bala de canhão de essência envolta em vento rasgou o coração do minotauro com precisão.
"M.… rogh?! Mroh...?", mesmo o minotauro não entendeu o que havia acontecido. Não teve tempo de reagir, encontrando-se ajoelhado no chão. Ele morreu, simplesmente assim, desmoronando impotentemente.
Seria melhor usar de novo, por precaução? Com esse pensamento, Rio derramou essência em sua espada novamente. Uma tempestade de vento saiu de sua espada. Rio se aproximou dos monstros da frente e lançou a tempestade contra os monstros.
"Buhee?!", várias dezenas de orcs e goblins foram mandados voando.
"...", Natalie e os outros atrás dela estavam completamente aturdidos.
"Bem então, devo pedir licença.", Rio se voltou e se curvou uma vez, então, Natalie voltou aos seus sentidos com um sobressalto.
"S-Sim! Muito obrigada!"
".... Maravilhoso, Haruto-sama.", Cosette disse vagamente para Rio, que não pôde evitar ficar confuso.
"Eh?"
"M-Mō~, o que você está dizendo?! Haruto-sama, por favor, não se importe com ela e siga seu caminho. Cuide-se!", Natalie empurrou Cosette em pânico.
"...Sim. O mesmo vale para todos aqui.", Rio sorriu com leve diversão antes de se apressar para o centro da cidade onde estava a pousada.
◇ ◇ ◇
Enquanto isso, dentro da mansão de Liselotte, Hiroaki, Flora, Roanna e o duque Euguno foram evacuados para uma sala de estar para hóspedes. Lá dentro estavam quatro cavaleiros como guardas, incluindo Stead Euguno e o comandante do esquadrão de elite, Raymond Brant.
"Ah... é normal que monstros ataquem cidades com tanta regularidade?", a perna de Hiroaki tremia nervosamente enquanto ele se sentava no sofá.
"Embora não seja uma ocorrência regular, também não é inédito. Houve cidades e vilas que foram aniquiladas por monstros no passado.", o duque Euguno respondeu calmamente.
"Entendo...", Hiroaki deu um suspiro dramático.
Ele parece estar bastante agitado. O medo da luta anterior deve estar surtindo efeito. Duque Euguno estreitou os olhos. Normalmente, Hiroaki estaria se gabando para fingir confiança.
"Hmph.", Stead bufou pelo nariz de forma depreciativa enquanto olhava para Hiroaki. Ele deve ter notado, já que olhou de volta para Stead.
".... Me desculpo. Minha garganta estava seca pelo nervosismo.", percebendo seu erro, Stead pigarreou com exagero.
O duque Euguno olhou feio para Stead, e ele desviou os olhos do pai em pânico. Um ar tenso pairava sobre a sala.
◇ ◇ ◇
Em outro lugar, na praça bem diante do portão oeste de Amande, Aria liderava agressivamente suas maids subordinadas, soldados experientes e aventureiros contra a praça lotada de monstros.
"Realmente há vários deles."
Não importa quantos eles derrotassem, os monstros continuavam vindo de fora do portão. Simplesmente eram muitos. Aria resmungou enquanto calmamente decapitava o orc diante dela.
Há claramente mais do que quando os monstros atacaram na floresta. Eu adoraria acabar com todos eles de uma vez com magia em grande escala, mas tenho que ter cuidado para não ficar sem essência mágica. Afinal, aquelas coisas estão esperando na parte de trás. Ela olhou para os três minotauros parados do lado de fora do portão.
"Guheehee.", os minotauros desfrutavam da vista de longe com sorrisos desagradáveis.
Mas é desconcertante por que eles não estão invadindo a cidade. Aria franziu as sobrancelhas em suspeita. Assim como Rio, ela tinha dúvidas sobre as ações dos minotauros. No entanto, embora Aria tivesse os mesmos pensamentos, ela não podia se dar ao luxo de se mover tão livremente quanto Rio. Ao menos, não até ela derrotar os três minotauros.
É um pouco arriscado, mas terei que avançar um pouco mais, Aria decidiu corajosamente.
"Capitão Matias.", ela gritou para um belo homem lutando nas proximidades. Ele tinha quase 30 anos e usava roupas de combate de melhor qualidade do que os outros soldados, empunhando uma espada com um desenho exclusivo em suas mãos. Era a espada mágica que Liselotte havia temporariamente emprestado a ele.
"O que é, Aria-chan?", o homem chamado Matias cortou facilmente um monstro que se aproximava antes de responder em um tom de flerte inadequado para um campo de batalha.
"É desconcertante como os minotauros não mostraram nenhum movimento. Devemos deixar este lugar para os outros e sair do portão para cuidar deles?"
"... Só você e eu?", Matias perguntou, aparentemente surpreso.
"Sim.", Aria assentiu solenemente.
"Está falando sério?"
"Este não é o momento para fazer piadas."
"Eu imaginei. Bem, se é um convite da Aria-chan, acho que sim. Vamos lá. Eu não gostaria de me exaurir aqui antes de enfrentar aquelas coisas por último, de qualquer maneira.", Matias disse despreocupadamente, encolhendo os ombros.
"Então...", Aria estava prestes a responder, quando...
"Kshaaa!", os revenants de pele escura que estavam esperando do lado de fora do portão de repente soltaram um grito.
"Shaah!", os outros revenants seguiram, todos gritando um após o outro.
"...O que está acontecendo?", Aria se preparou com a testa franzida em suspeita.
"MROOOOOH!", o minotauro soltou um rugido tremendo, alto o suficiente para ecoar por todas as áreas de Amande.
"O que? O que é isso?", Matias perguntou confuso.
"Kshaa!", os cerca de vinte revenants de repente começaram a correr em direção ao portão de uma só vez.
"O que?!", até mesmo Aria ficou surpresa com isso. Os revenants usaram suas habilidades físicas inerentes para correr para dentro do portão.
"Derrubem aqueles a qualquer custo!", Aria ordenou com determinação. E ainda...
"MROOH!"
De repente, os minotauros também se moveram. Com movimentos ágeis inadequados para seu tamanho gigante, eles correram, saltando por cima do portão e direto para o meio da praça.
"Atendentes, lidem com os monstros humanoides! Todos os outros, continuem a se concentrar nos goblins e orcs! Capitão Matias!", apesar do pânico em seu rosto, Aria expressou suas ordens com calma.
"Entendi. Vamos fazer algo sobre aqueles grandões!", Matias respondeu com determinação.
◇ ◇ ◇
Ao mesmo tempo, nas muralhas norte de Amande, Lucius e Reiss estavam se escondendo em um beco.
"Esse é o sinal. Não pude ouvir nenhuma voz do Leste, então acho que eles foram eliminados.", Reiss murmurou baixinho.
"Finalmente é a nossa vez. Meu corpo está duro como o inferno agora.", Lucius disse, alongando-se preguiçosamente.
"Vamos nos apressar. Parece que os monstros isca serão eliminados mais rápido do que o esperado. O verdadeiro espetáculo começa com você. Conto com você, Alphonse-kun.", Reiss apressou sua partida, olhando para o revenant negro parado perto deles.
"Sim. Deixa comigo.", Alphonse disse, balançando a cabeça com um sorriso de alegria.
◇ ◇ ◇
Ao mesmo tempo, Rio se dirigia para a pousada em que estava hospedado antes. O ataque dos monstros começou quando os arredores ainda estavam escuros, mas agora, o sol estava nascendo e tudo estava muito mais brilhante. Os cidadãos ainda estavam evacuando pela praça diante da pousada, mas havia muito menos pessoas do que antes. O grande número de soldados que comandava a evacuação também havia sumido; parecia que a evacuação ocorreu sem problemas. Então, assim que o Rio pousou na frente da pousada enquanto inspecionava a área, o rugido do minotauro no portão oeste ecoou pela cidade.
"MROOOOOH!"
... O rugido do minotauro no portão oeste, Rio supôs corretamente. A situação estava mudando a cada momento, e era possível que o rugido bem agora fosse um sinal de que algo pior estava por vir.
É melhor eu me apressar. Rio pensou, entrando na pousada e seguindo em direção a seu quarto com pressa. Mas a porta se abriu do outro lado primeiro, e Aishia saiu para cumprimentar Rio.
"Bem-vindo de volta."
"Estou de volta, Aishia.", Rio respondeu com um sorriso; Celia colocou a cabeça por trás de Aishia.
"Bem-vindo de volta!", ela disse com um gentil sorriso de alívio.
"Estou de volta — desculpe por fazê-las esperar tanto."
"Não, tudo bem..., mas como está lá fora? Eu vi Aria indo em direção ao portão oeste pela janela, mas o que foi aquele rugido agora...?"
"O número de monstros no portão leste caiu muito, então deve estar tudo bem agora. Eu acredito que o rugido foi um minotauro no portão oeste, mas se Aria-san estiver lá, então eu acho que eles estarão bem protegidos."
Embora Aria fosse capaz de lidar com vários minotauros e revenants em um nível igual ou superior de combate ao desses, havia muitos monstros no portão oeste. Portanto, ele não podia dizer nada muito otimista.
"O que fazemos agora?", Aishia perguntou.
"Estou pensando em ajudar na defesa da cidade e fazer com que Sensei e Aishia evacuem para fora da cidade.", não querendo causar preocupação desnecessária, Rio escondeu o estranho sentimento que tinha sobre os monstros e lhes contou suas seguintes ações.
"Entendi.", Aishia assentiu imediatamente, sem hesitação.
".... Bem.", Celia observou a expressão de Rio e assentiu ansiosamente.
"Com a Sensei em um local seguro, também poderei lutar até estar satisfeito. Posso perguntar isso a você?", Rio se dirigiu a Celia com um olhar preocupado. Posto dessa forma, era difícil para Celia recusar.
".... Está bem.", apesar do olhar preocupado em seu rosto, Celia ainda assentiu obedientemente.
"Obrigado. Então, evacuem para fora do portão sul. Isso leva a terras agrícolas abertas, e não há monstros lá. Vou acompanhá-las parcialmente — se as ruas estiverem vazias, podemos voar uma parte do caminho."
"Sim, entendido."
"Então, vamos rapidamente sair daqui."
◇ ◇ ◇
E assim, Rio e as garotas deixaram a pousada.
Havia ainda menos pessoas na praça em frente do que antes, mas residentes em evacuação ainda podiam ser vistos aqui e ali. Eles estavam correndo, encolhendo-se pelo rugido do minotauro.
"Nós deveríamos ir também. Por aqui.", Rio verificou a visão dos evacuados diante da pousada e deu um passo em direção ao sul a fim de conduzir Celia e Aishia.
"Haruto, monstros!", Aishia exclamou com um sobressalto.
"Kshaaa!", o grito do revenant ecoou pela praça.
"...Desculpa. Eu demorei para perceber.", Aishia se desculpou.
"Não, está bem. Sua detecção deles é puramente intuitiva. Pegue a Sensei e volte para a pousada por enquanto.", disse Rio. Felizmente, os revenants aparecendo na praça ainda não tinham notado sua presença. No entanto, havia pessoas que eles tinham visto. Bem na frente deles estava uma mãe e filha, fugindo de um revenant de pele cinza que as tinha como alvo.
"Hii...!", elas gritaram, mãe e filha se encolheram de medo.
"Rrrgh...", o revenant olhou para as duas com um olhar feroz.
"Ah...", a mãe, em torno dos trinta anos, desabou quando seus joelhos cederam.
"N-Não! Não se aproxime! Vá embora!", a menina tinha cerca de dez anos e estava parada diante de sua mãe resolutamente.
"Mireille, fuja!", a mãe chamou a filha em pânico. Uma possibilidade desagradável passou pela mente de Rio; ele definitivamente não queria que Celia visse isso.
Isto é mau. Rio irrompeu em uma corrida por reflexo.
Usando as artes espirituais do vento para se impulsionar para frente e acelerar, ele se moveu a uma velocidade tremenda para fechar a distância entre eles em um instante.
"Gufuh?!", o revenant foi lançado voando pelo soco de Rio, caiu no chão com um barulho alto e rolou.
"Kshaaa?!", os outros revenants na praça notaram a comoção. Havia outros além da mãe e filha que estavam sendo alvos dos revenants, mas todos os revenants agora tinham sua atenção atraída para o Rio. Havia um total de quatro deles, incluindo o que Rio acabaou de enviar voando.
"Por aqui!", Rio gritou para atrair ainda mais atenção para si mesmo, tirando sua espada da bainha em sua cintura.
"Shaah!", com isso, todos os revenants atacaram o Rio de uma vez. Rio avançou em direção do revenant mais próximo e enfiou a espada em seu coração, terminando com um golpe.
"?!", os outros dois congelaram em choque. Rio aproveitou a oportunidade para se aproximar de um deles, uma vez mais cravando a espada em seu coração com precisão. Então, uma vez que ele puxou sua espada, ele se virou e acertou um chute no abdômen do outro que se aproximava por trás.
"Guh...!", o revenant facilmente foi lançado no ar. Rio saiu do chão e perseguiu seu corpo em um instante, terminando-o com um único golpe semelhante, apunhalando-o no coração. Tudo o que restou foi aquele que Rio socou primeiro.
"Vurrgh...", Rio se aproximou instantaneamente enquanto o revenant cambaleava de pé, e mais uma vez, o apunhalou no coração como fez com os outros para acabar com ele.
"... Haa~", ele retirou sua espada e, com a fadiga mental entrando em ação, suspirou baixinho.
"... M-Muito obrigada!", a mãe que estava assistindo em transe a luta de Rio voltou aos seus sentidos depois de uma pausa e o agradeceu.
".... Não, estou feliz em ver que não está ferida. Consegue se levantar?", Rio perguntou, se aproximando da mãe e oferecendo sua mão.
"Sim, de alguma forma...", a mãe agarrou a mão de Rio e hesitantemente se levantou.
"M-Muito obrigada, Onii-chan! Okaa-san, está tudo bem?", perguntou Mireille, correndo para ajudar a mãe.
"Sim, eu estou bem.", respondeu a mãe, dando um estranho sorriso para tranquilizar a filha.
"Okaa-san? Mireille?!"
Chloe veio correndo em seu uniforme de maid. Ela parou em seu caminho quando avistou Rio, antes que sua expressão mudasse ao ver a mãe e a filha. Eles pareciam ser da família.
Mãe da Chloe-chan. Hm? Isso significa... que ela é a dona da pousada daquela vez... Rio percebeu que a mãe era quem administrava a pousada em que ele havia se hospedado vários anos atrás. Ele também se lembrou de que havia uma irmãzinha, embora tivesse esquecido o nome dela.
"U-Umm, por que minha mãe e minha irmã...?", Chloe perguntou a Rio em confusão.
"Estávamos sendo atacadas por monstros quando esse Onii-chan nos salvou! Ele é muito forte!", Mireille explicou orgulhosamente.
"F-Foi mesmo? Muito obrigada!"
"Não foi nada..., mas por que Chloe-chan está aqui?", Rio perguntou.
"U-Umm, e~tto, porque alguns dos monstros humanoides entraram na cidade, então as senpais foram exterminá-los enquanto eu fui enviada para relatar a Liselotte-sama.", Chloe respondeu com um olhar preocupado. Ela parecia estar com pressa e sua explicação foi esparsa. Só então, outros cidadãos começaram a se reunir nas proximidades.
"Ooh, Chloe-chan!"
"Rebecca-san, está tudo bem?"
"Nii-chan, muito obrigado. Isso foi fantástico.", tudo ficou mais barulhento de uma vez.
"Ah, e~tto... umm, desculpe. Estou com um pouco de pressa agora. Todos aqui poderiam evacuar rapidamente dentro das paredes norte? Se você informar aos soldados nas muralhas, tenho certeza que eles vão deixar vocês entrarem.", em sua pressa, Chloe deu apenas instruções essenciais.
"Oh, é mesmo. Certo, pode ir, Chloe-chan! Nós vamos evacuar com este Nii-chan aqui.", disse um homem de meia-idade bem-humorado, olhando para Rio.
"Não, e~tto...", Rio não tinha intenção de seguir para o distrito norte, então ficou sem saber o que responder.
"Acompanhe-os, Haruto.", Celia disse, aparecendo com Aishia logo atrás. As duas usavam capas por cima das roupas com capuzes que escondiam seus rostos.
"Cecilia...", Rio olhou para Celia e franziu o cenho preocupado.
"Ei, não se preocupe comigo.", Celia disse ao Rio apologeticamente. As muralhas estavam bem diante deles de qualquer maneira; mesmo se ele fosse lá, não demoraria muito para chegar à entrada.
".... Entendo. Eu vou indo, então."
Rio se preparou para ir em direção ao portão das muralhas norte.
◇ ◇ ◇
Rio e os outros chegaram ao portão da muralha em questão de minutos. Havia soldados esperando diante do portão, mas como Chloe disse, eles puderam entrar sem incidentes.
"Fuu~, finalmente podemos respirar. Muito obrigada, Onii-chan.", a irmã mais nova de Chloe, Mireille, suspirou de alívio e agradeceu a Rio mais uma vez.
"Não foi grande coisa. Tudo o que fiz foi caminhar com vocês."
Honestamente, tudo o que ele fez foi caminhar com eles pela curta distância entre a praça e o portão. Nenhum outro revenant apareceu ao longo do caminho. Dali em diante, era dever dos soldados protegê-los, então o trabalho de Rio aqui estava feito.
"Com licença. Em primeiro lugar, muito obrigado por acompanhar os cidadãos até aqui. Se eu puder perguntar, você talvez seja Haruto-sama?", um dos soldados que protegiam o interior da muralha perguntou ao Rio.
".... Sim, sou eu.", Rio assentiu com curiosidade, surpreso por seu nome e rosto serem conhecidos por um estranho.
"Como pensei, era você afinal. Fomos informados sobre a aparência de seu grupo, então foi fácil identificá-lo."
"Aparência do meu grupo?"
"Sim. A verdade é que Liselotte-sama nos deu ordens estritas para escoltar você e suas companheiras para a mansão dela para se abrigarem com a mais alta prioridade.", o soldado puxou Rio de lado e calmamente explicou as coisas para ele com um olhar tímido para Celia e Aishia. Celia e Aishia estavam com os capuzes abaixados para falar com Mireille.
"Ah, entendo.", Rio teve uma ideia do que o soldado estava falando; afinal, Celia e Aishia certamente tinham uma aparência que chamava a atenção.
"Eu devo mostrar o caminho imediatamente, então, por favor, siga-me. A mansão é o lugar mais seguro agora, e você e suas companheiras estarão protegidos.", disse o soldado com confiança.
Rio olhou para Celia. Enquanto ele conversava com o soldado, Mireille e os outros estavam sendo levados por outro soldado.
"Bem, as Onee-chans também, muito obrigada!", Mireille agradeceu a Celia e Aishia educadamente antes de sair.
".... Então, aceitaremos sua oferta. Por favor, mostre o caminho.", Rio hesitou por um momento, mas logo assentiu.
Eles haviam se desviado muito de seu plano original de ir para fora do portão sul, mas seria muito pouco natural voltar atrás agora. Sem mencionar a possibilidade de encontrar mais revenants se o fizessem. Refugiar-se na mansão era um plano alternativo aceitável.
"Entendido. Por favor sigam-me.", o soldado curvou-se respeitosamente antes de começar a guiá-los.
◇ ◇ ◇
Pouco tempo depois...
A maioria do pessoal de Liselotte havia se realocado para o posto de comando temporário no jardim, deixando a mansão essencialmente deserta. Os únicos que permaneceram na mansão foram aqueles sob proteção pesada, como Hiroaki e os outros.
"Por aqui.", um revenant de pele negra caminhava confiantemente dentro da mansão. Lucius o seguia por trás. Mais atrás dele estavam quatro revenants com a pele menos escura, caminhando obedientemente em silêncio.
"Com certeza torna as coisas mais fáceis com um guia. Algo impossível para os revenants aprimorados.", Lucius brincou casualmente, sem nenhum senso de tensão.
"Hmph. O quarto de hóspedes. Está além da esquina. Daquele corredor.", Alphonse bufou um tanto infeliz.
"Entendi. Certo, então de agora em diante será sua vez de brilhar. Deixe a princesa ilesa. Você pode bater no herói também, contanto que não o mate.", Lucius informou a Alphonse sem nenhuma preocupação particular em sua voz.
"Sim. Deixar comigo. Agora eu sou. Mais forte. Do que qualquer minotauro.", Alphonse respondeu com suas palavras desarticuladas.
"Ah... Isso é a inteligência que sobrou, ou você já está quebrado? Bem, tanto faz. Vá em frente.", Lucius coçou a cabeça antes de mandar Alphonse embora apaticamente.
"Tem alguém aí?", uma voz ecoou no corredor, tendo ouvido a conversa deles. Pareciam ser os cavaleiros de guarda na frente da sala.
"Sim, tem.", Lucius respondeu facilmente, não mostrando nenhum pânico.
"Quem é?", a voz perguntou duvidosa do fundo do corredor.
"Não, não, não é nada. Eu só tenho um pequeno negócio para cuidar antes de fazer meu caminho de volta. Não se preocupe com isso."
".... Espere. Saia daí.", o suposto cavaleiro ordenou do fundo do corredor com uma voz severa.
"Minha nossa.", Lucius suspirou exasperado antes de seguir em frente para o corredor. Havia dois cavaleiros de guarda diante da porta da sala.
"Um aventureiro? Você está sozinho? Estava falando com alguém, não?", um dos cavaleiros se aproximou de Lucius e o questionou.
"Não, não há ninguém mais. Sinta-se à vontade para ver por si mesmo.", Lucius assumiu uma atitude cooperativa, ficando de lado para abrir caminho e encolhendo os ombros.
◇ ◇ ◇
Menos de um minuto depois, thunk, foi o som de algo batendo contra a porta da sala em que Hiroaki e os outros estavam esperando.
".... Oi, bem agora, vocês ouviram algo contra a porta?", Hiroaki olhou para a porta enquanto perguntava aos outros ao seu redor.
"Certamente.", duque Euguno assentiu, enviando uma ordem aos cavaleiros com um olhar.
"Sim.", havia quatro cavaleiros, incluindo Stead protegendo o interior da sala. Um deles foi lentamente até a porta e a abriu com um rangido.
"Ei, o que aconteceu?!"
Um punho muito escuro veio voando pela porta. O cavaleiro foi atingido diretamente no rosto e lançado voando em direção ao fundo da sala. Batendo em vários móveis ao longo do caminho, ele parou com um estrondo.
"Kyaa?!", Flora, que estava sentada por perto, não pôde evitar gritar.
"O-O que está acontecendo?!", Roanna olhou para a porta em choque.
"HaHaHa.", o revenant de pele negra, Alphonse estava lá e sorriu assustadoramente. Atrás dele estavam quatro revenants de pele cinza escuro.
"M-Monstros?! Como eles podem estar aqui?!", os outros três cavaleiros — incluindo Stead — sacaram suas espadas reflexivamente.
"Vão.", Alphonse ordenou brevemente.
"Vuaah!", seus revenants subordinados gritaram e entraram na sala.
"Enchant Physical Ability!", os cavaleiros recitaram ao mesmo tempo, mas os segundos que levou para a magia ser ativada foram fatais. Os revenants fecharam a distância e atacaram os cavaleiros antes que eles pudessem terminar de encantar suas habilidades físicas.
"Merda!", os cavaleiros não tiveram escolha a não ser cancelar sua magia e brandir suas espadas..., mas, infelizmente, não havia como eles machucarem os revenants sem aumentar suas habilidades físicas.
"Eles são duros!?", a pele como aço desviava as lâminas de suas espadas.
"Graagh!", os revenants cinzas foram um a um contra os cavaleiros, sorrindo de alegria. Havia três cavaleiros e quatro revenants cinza, o que deixava um revenant cinza e Alphonse livres.
"Oi, o que a segurança está fazendo?!", Hiroaki gritou de repente para o corredor, mas ninguém veio correndo para salvá-los.
"Hmph. Vá.", Alphonse bufou em desprezo, dando a ordem ao revenant restante. Ele começou a correr alegremente, avançando para o fundo da sala para assediar o grupo de Hiroaki.
"Merda! Sigam para a porta! Fujam!", percebendo que seriam ratos encurralados nesse ritmo, Hiroaki ordenou a Flora e os outros ao lado dele antes de correr para a porta em pânico. Ele não era um herói apenas para exibir, já que seus movimentos foram claramente desumanos em velocidade.
"Eh, ah...", incapaz de reagir no calor do momento, Flora ficou confusa, mas Roanna de repente a agarrou pelo braço.
"Flora-sama, por aqui!", Roanna disse e correu atrás da liderança de Hiroaki.
Felizmente, os cavaleiros estavam de alguma forma conseguindo empurrar os revenants um por um. A sala era espaçosa, deixando bastante espaço para eles correrem entre os espaços das lutas que aconteciam.
Além disso, o revenant que sobrou e entrou no fundo da sala estava apenas gargalhando de alegria, não mostrando sinais de atacá-los.
E assim, contanto que eles conseguissem fazer algo sobre o revenant negro acampando diante da única entrada ou saída, eles seriam capazes de escapar. O duque Euguno parecia estar pensando o mesmo, seguindo atrás de Roanna e dos outros.
Sua única esperança era Hiroaki e suas habilidades secretas de combate de herói. Ele havia estado tecnicamente igual ou acima dos cavaleiros em suas lutas de prática antes. Embora ele estivesse bastante agitado no momento, ao contrário da batalha anterior, ele estava se dirigindo para os monstros por conta própria desta vez. Parecia que ele não seria inútil de medo desta vez.
"Mova-se! Venha, Yamata no Orochi!", Hiroaki chamou seu orgulhoso Equipamento Divino para sua mão. Com a bela lâmina em suas mãos, ele balançou a espada em Alphonse, mas Alphonse viu através do movimento de Hiroaki facilmente e deslizou-se para bem perto dele.
"Hmph.", Alphonse bufou, socando o rosto de Hiroaki com toda sua força.
"Gwoah?!", Hiroaki foi facilmente jogado para o fundo da sala.
"Eu sempre. Quis. Acertar. A cara desse sujeito.", Alphonse gargalhou de satisfação.
E-Ele falou?! O-O que é isso?! O que é isso?! É tão assustador! Roanna sentiu uma sensação instintiva de repulsa do fundo de seu coração pelo fato de o monstro negro diante dela ter falado. Arrepios percorreram sua pele. A forma meio-humana de seu corpo já o tornava assustador, mas quando ele falava palavras humanas, era absolutamente revoltante.
"F-Flora-sama, fique atrás de mim...", Roanna disse. Ela acreditava que seu papel como nobre era se tornar o escudo da realeza. Enquanto isso, o duque Euguno recuava em péssimo estado.
"Kuh...", os cavaleiros ainda estavam lutando com os três revenants e incapazes de usar sua magia para melhorar suas habilidades, então eles estavam sofrendo um pouco. O plano de romper as linhas inimigas com Hiroaki havia sido invertido facilmente, e não havia mais para onde correr.
"Você é o próximo. Acha que eu vou. Te matar facilmente?", Alphonse olhou para o duque Euguno atentamente, torcendo a boca em um sorriso sinistro.
"...O que?", duque Euguno olhou duvidosamente. A capacidade de se comunicar significava que havia uma chance de entendimento mútuo. Ele de repente ponderou se eles poderiam obter algum tipo de informação.
"AHaHa!", mas não houve tempo para pensar nisso. Com um único salto, Alphonse lançou-se sobre o duque Euguno e esmurrou seu punho, com apenas a quantidade exata de poder retido, no abdômen do duque Euguno.
"Guh. Gah... Gohou...", duque Euguno desabou no chão, incapaz de suportar o ataque.
"C-Chichiue!", a expressão de Stead mudou quando ele percebeu que o duque Euguno estava sendo atacado. Ele freneticamente balançou sua espada, tentando afastar o revenant que estava enfrentando. Enquanto isso, Alphonse agarrou o duque Euguno pelo colarinho e o ergueu facilmente do chão.
"Ainda não. Isso não é tudo!"
"Hah, kknhh...", duque Euguno lutou para respirar, contorcendo-se de agonia.
"Chichiue! Mova-se, seu monstro!", Stead balançou sua espada desesperadamente, movendo o revenant à sua frente para fora de seu caminho. Ele soltou uma gargalhada sinistra com um sorriso torto.
".... Chichiue! Solte-o, seu monstro!", Stead atacou Alphonse desesperadamente. Alphonse evitou levemente o ataque de Stead antes de lançar bruscamente o duque Euguno para o lado.
"HEE! HEEHEE! Ah, está bem. Está bem.", com um sorriso agradável, Alphonse se voltou para Stead.
"Merda! Morra, morra!"
"Isso. Não funciona.", Stead balançou sua espada atentamente, mas a pele inerentemente dura de Alphonse fez sua espada quicar sem um arranhão.
"... Flora-sama, pelo menos você deve escapar.", Roanna avançou lentamente em direção à porta, sussurrando baixinho para Flora.
"Eh, ah..., mas você, e todo mundo?!", a expressão de Flora mudou com um sobressalto, mostrando profunda desaprovação.
"As habilidades físicas daquele monstro são anormais. Ele está se divertindo agora por algum motivo, mas todos nós seremos eliminados a este ritmo. Mesmo se tentássemos correr, há uma grande possibilidade de sermos pegos antes de usarmos qualquer magia. Então pelo menos, deixe-nos tornarmos uma isca para você fugir.", disse Roanna, fazendo uma tentativa apressada, mas organizada, de persuasão.
"E-Eu não posso! Tal coisa.… Tal coisa é.…"
"Por favor. Agora você deve escapar...", Roanna olhou em pânico para Stead.
"Seu monstro! Monstro!", Stead ficou desesperado, atacando Alphonse, mas estava claro que Alphonse estava brincando com ele.
"WAHA, WAHAHA!", Alphonse riu alto, zombando de Stead. O mesmo acontecia com os revenants lidando com os outros cavaleiros. Alphonse deve tê-los inspirado, pois eles riam da mesma forma ao lidar com os cavaleiros.
"Merda!", os cavaleiros à sua frente estavam pálidos e respirando pesadamente — eles não durariam muito nesta situação.
Este era o único momento em que Flora podia escapar.
"Flora-sama! Flora-sama!", uma voz chamando por Flora podia ser ouvida no corredor.
"... Flora-sama está segura! Por favor, ajude-a a escapar!", Roanna de repente empurrou Flora em direção à porta aberta com toda a força. Então ela parou na frente da porta para bloqueá-la de qualquer revenant que a perseguisse.
"Kshaah!", o revenant no fundo da sala começou a correr em direção a Roanna.
"Roanna!", Flora chamou o nome de Roanna em pânico, ainda em seu estado no chão. Então, um homem apareceu de fora da sala, agarrando a mão de Flora e facilmente a colocando de pé.
"Flora-sama, por aqui."
"M-Me solte, por favor!"
"Eu não posso fazer isso. Você deve vir por aqui."
Flora se opôs fortemente, mas o homem a levou para longe da cena sem ouvir seus protestos.
◇ ◇ ◇
Enquanto isso, Roanna usava magia ofensiva para empurrar os revenants na sala.
"Photon Bullet."
Um círculo mágico apareceu em suas mãos, disparando balas mágicas de energia em alta velocidade de seu centro. A mira de Roanna foi precisa e acertou diretamente nos revenants que se aproximavam dela das profundezas da sala.
"Guh?!", os revenants que tiveram o corpo atingido pelas balas cambalearam.
"Ainda não acabou!", Roanna disparou nos revenants que enfrentavam os outros cavaleiros. Um disparo, dois disparos, três — as balas os atingiram sem piedade.
"Ah. Fui acertado?", embora Alphonse sentiu o impacto, ele o ignorou com uma inclinação de cabeça.
"?!", mas Roanna não hesitou; ela continuou a acertar os revenants com seus disparos.
"Aah!", uma voz irritada misturada com uma raiva furiosa ecoou pela sala. Roanna se encolheu e, sem pensar, cancelou a magia que havia ativado.
"AH?", a atenção dos revenants foi atraída na direção da voz raivosa. O duque Euguno estava desabado no chão e os cavaleiros estavam exaustos. O que deixava—
"É, estou bravo. Estou muito bravo agora. Levar um soco dessas suas mãos imundas.... Foi nojento.", parado lá estava Sakata Hiroaki.
".... Você é surpreendentemente forte. Bati com todo meu poder.", Alphonse estreitou os olhos, impressionado.
"Morra, sua barata!", Hiroaki gritou, atacando o revenant desocupado nas proximidades. O revenant prontamente assumiu uma postura de guarda com ambos os braços levantados, mas—
"Guh?!", seu corpo foi dividido em dois.
"Isso tudo é uma merda. Sério, só morra.", Hiroaki disse, movendo-se para cortar o seguinte revenant próximo em sucessão. Sua velocidade ultrapassou a do revenant de pele cinza, permitindo-lhe exterminar o segundo com a mesma facilidade.
"Ah, agora eu perdi a paciência!", a raiva de Hiroaki não deu sinais de diminuir. Ele olhou para os revenants com os olhos cheios de ódio.
"H-Hiroaki-sama?!", os olhos de Roanna se arregalaram com a mudança repentina no jovem.
"Mova-se, Roanna! Eu vou matar todos eles!", Hiroaki gritou, avançando em direção a Alphonse. Roanna não pôde ficar parada e fugiu para o lado da sala.
"Grarh!", os revenants restantes atacaram Hiroaki de ambos os lados.
"Cala a boca!", Hiroaki balançou sua espada com uma postura ridícula, cortando os revenants com um único golpe. Sua lâmina era excepcionalmente afiada.
"O, Que?!", os olhos de Alphonse se arregalaram de espanto.
"Você é o próximo, bastardo! Morra!", Hiroaki atacou Alphonse — o último remanescente — e deu um grande golpe de longe com sua espada. Então, uma quantidade anormal de água saiu jorrando da lâmina.
"Guh?!", Alphonse recuou reflexivamente, torcendo o corpo para evitar o ataque enquanto recuava para o corredor. Imediatamente, uma torrente de água disparou pelo ar. A explosão de água atravessou diretamente a parede da mansão, voando para fora.
"B-Bastardo!", apesar de sua fúria, Alphonse continuou recuando para o corredor.
"Espera!", Hiroaki prontamente o perseguiu pelo corredor, deixando Roanna e os outros homens feridos na sala. Assim que Hiroaki saltou para o corredor, seus olhos se fixaram em Alphonse no espaço mais estreito. Ele se moveu para lançar outro ataque direto, mas—
"Francamente.", uma voz monótona disse.
"Ah?!", Hiroaki voltou-se para a voz e imediatamente recebeu um forte golpe no pescoço. Sua cabeça foi abalada violentamente, fazendo-o desmaiar em pouco tempo. Ele caiu pesadamente no chão.
"V-Você...", os olhos de Alphonse se arregalaram em choque. Diante dele estava Reiss. Olhos afiados olhavam para Hiroaki por baixo de seu manto.
".... Você, vá lá fora. Seu papel aqui acabou. Vá com os outros revenants e ganhe tempo para ele fugir daqui.", Reiss ordenou a Alphonse friamente.
"O que? Mas...", Alphonse fez menção de argumentar.
"Esqueça isso, vá.", disse Reiss com a voz vazia, interrompendo qualquer refutação.
"E-Entendido."
"Bom. Deve haver presas interessantes para você lá fora também. Agora, devo me apressar.", afirmou Reiss, saindo prontamente da cena. Enquanto isso, Alphonse saiu das paredes pelo buraco que Hiroaki havia aberto. Então, um instante depois, Roanna nervosamente colocou a cabeça para fora da sala.
"... H-Hiroaki-sama!", ao perceber que Hiroaki estava desabado no chão do corredor, ela correu até ele. No entanto, quando ela viu que ele estava respirando, percebeu que ele estava simplesmente desmaiado e suspirou de alívio.
Enquanto isso, Reiss estava à espreita na esquina do corredor.
Talvez tenha sido um erro ter chamado o Lucius, afinal. Embora suas habilidades sejam excepcionais, seu hedonismo efêmero aparece em seu rosto assim que ele fica animado. Ele é mais uma fera do que um homem, na verdade. O plano parece que vai funcionar, mas ao custo de algumas dores de cabeça desnecessárias, Reiss pensou enquanto observava silenciosamente o rosto de Roanna.
Aquele Alphonse também... A maneira como ele imediatamente correu para brincar em sua excitação mostra o quão longe ele está do espécime perfeito. Bem, a base humana era uma criatura imperfeita para começar, Reiss lamentou.
"Bem, ele será eliminado aqui. Pelo menos serei capaz de medir a força do espírito humanoide e do contratante antes de ir embora.", ele murmurou antes de partir.
◇ ◇ ◇
Enquanto isso, um pouco antes, a mão de Flora estava sendo puxada por um homem desconhecido.
"Umm, solte-me, solte-me por favor! Onde você está indo?! Temos, temos que pedir ajuda!", Flora protestou contra o homem que a puxava com força enquanto olhava para a sala atrás dela, onde estava Roanna e os outros. O homem estava usando um capuz, escondendo até seu perfil.
"Não, aquela mocinha já está acabada. Ela será cruelmente despedaçada a qualquer momento. Se eles não estivessem brincando, teria acabado em mais ou menos dez segundos.", o homem que caminhava diante dela gargalhou alegremente.
"V-Você... Quem é você?", Flora perguntou com medo. À primeira vista, ele parecia um aventureiro enviado para proteger a mansão, mas algo estava claramente errado. Ela ponderou se ele estava aproveitando a comoção.
O homem parou de repente. "Não, eu não sou alguém que valeria a pena saber meu nome. Mas suponho que seria rude não dizer nesta posição, então.... Bem, eu sou um lixo humano.", ele encarou Flora e removeu temporariamente o capuz para responder com um sorriso, e Flora finalmente viu o rosto do homem claramente.
Era Lucius.
"Eh, ah...", Flora tropeçou nas palavras.
"Ah, foi tão engraçado antes, eu não pude deixar de observar um pouco. O bom e velho relacionamento mestre-servo entre a realeza e a nobreza é tão bonito de se ver. Que cena maravilhosa foi aquela. Quase quis estragar tudo.", Lucius conversou em um estado um tanto agitado.
"A-Alguém! Tem alguém aí?!", Flora foi tomada por um medo indescritível e gritou em pânico.
"Hahaha, então você quer pedir ajuda? Bem, fique à vontade.", Lucius sorriu agradavelmente, falando com Flora.
"V-Você... O que você...?", Flora perguntou, sem fazer ideia de qual era o objetivo de Lucius. Lucius assumiu uma atitude completamente desafiadora, fazendo-o parecer bastante enervante.
"Bem, eu estou aqui para sequestrar você, na verdade. Embora, para ser honesto, não importa como faço isso, então acho que vou me divertir um pouco.", disse Lucius com indiferença.
"... E-Eu sou seu alvo? E você está usando essa situação caótica para me sequestrar?", Flora perguntou com a voz trêmula.
"Bem, para simplificar... sim. Mas trazê-la comigo tão facilmente assim é um pouco chato. Já estou passando por todos esses problemas, então estou pensando em deixar minha marca em você.", Lucius respondeu suavemente, com um sorriso no rosto.
"…", Flora ficou em silêncio em questão.
"Por exemplo, a mocinha que confiou você a mim. Que tipo de cara você acha que ela vai fazer quando descobrir que fez o julgamento errado? Só de imaginar isso me emociona.", Lucius disse em um tom extremamente irreverente.
"...", pela primeira vez na vida, Flora sentiu uma indescritível sensação de repulsa pela excessiva maldade das palavras dele.
"Hahaha. Por enquanto, apenas ver essa sua expressão é o suficiente. E eu não te disse antes? Aquela garotinha já está acabada.", a boca de Lucius se torceu em um sorriso quando Flora percebeu a realidade em desespero.
"Ah— M-Me solte, me solte por favor!", Flora assustou-se, tentando mais uma vez se libertar do agarre de Lucius.
"Outra vez, você...", Reiss apareceu, dirigindo-se a Lucius por trás.
"Yō~.", Lucius respondeu casualmente.
"Pare de perder tempo aqui e se mova já. O espírito humanoide já veio para a mansão. Seria ruim enfrentar isso cara a cara.", disse Reiss, suspirando cansadamente.
"Hou~...?", os olhos de Lucius se arregalaram de interesse.
"Só para você saber...", Reiss começou a dizer.
"Eu sei , eu sei. Eu vou para o ponto de encontro depois disso, então não se preocupe. Só deixe eu escolher meu próprio caminho, certo?", Lucius disse vagamente.
"Por favor, vá.", Reiss suspirou mais uma vez, incitando Lucius a ir embora.
"Você ouviu o homem, princesa. Venha comigo agora. Não lute, a menos que queira que essas belas pernas sejam cortadas.", Lucius colocou o capuz mais uma vez, pegou Flora e a jogou por cima do ombro sem deixar escapar uma palavra de protesto.
"Hii, kya?!", Flora gritou, mas foi bruscamente ignorada.
"Pronto."
Lucius começou a correr pelo corredor, desaparecendo em algum lugar. Momentos depois, a raiva de Hiroaki fez com que um canhão de água abrisse um buraco na parede.
Comentários
Postar um comentário