Capítulo 5: Encontrando Quem Neste Mundo?
O refrescante sol da manhã lançava seus raios através de uma pequena claraboia no teto enquanto Rio abria um pouco os olhos, gradualmente acordando em sua cama.
A cama feita sob medida por Dominic, o ancião anão, era grande o suficiente para caber várias pessoas, ao mesmo tempo que oferecia o maior nível de conforto possível.
Apesar da inesperada reviravolta dos eventos que aconteceram ontem, Rio ainda conseguiu dormir profundamente durante a noite e acordou sentindo-se maravilhosamente descansado.
Isso mesmo... Miharu-san, Aki-chan e Masato-kun estão aqui. Tenho que preparar o café da manhã... Rio pensou sonolento, movendo a mão vagarosamente para agarrar os cobertores e retirá-los.
... Hm?
Sua mão de repente apertou algo macio. Definitivamente não era seu cobertor ou colcha, e também não era o colchão; tinha uma elasticidade e flexibilidade estranhas.
Cabia na palma de sua mão confortavelmente, seu calor era reconfortante. Quando Rio tentou mover sua mão para confirmar a sensação, ele pôde sentir uma resposta maravilhosa em suas mãos.
...O que é isso? Rio se perguntou, com sua mente ainda meio adormecida. Achando aquilo estranho, ele gentilmente tentou mover a mão mais uma vez.
"Mm.…"
Desta vez, ele pensou ter ouvido o suspiro sedutor de uma mulher — e com ele, o som de tecido farfalhando também. Rio gentilmente removeu sua mão da sensação macia e, com seus olhos medrosamente fixos no teto, tirou as cobertas e espiou debaixo do cobertor.
"Zz... zz..."
Ele ouviu a respiração pacífica de alguém dormindo ao lado dele. Cautelosamente, Rio virou a cabeça para o lado.
Havia uma garota desconhecida dormindo profundamente ao lado dele. Ela parecia estar no meio da adolescência, assim como Rio; ela era uma linda garota com longos cabelos cor de pêssego. Não, uma beleza incrivelmente linda com longos cabelos cor de pêssego.
No entanto, havia uma espécie de transparência em sua existência, quase como se ela não fosse real; uma evanescência que dava uma impressão mística e artificial.
"Mmh ..." A garota se mexeu inquieta por baixo das cobertas, estendendo a mão e agarrando a manga do pijama de Rio, antes de aproximar o rosto para mais perto dele. A respiração dela soprou suavemente contra a orelha de Rio.
A mente de Rio despertou, mas ele não era capaz de pensar.
"..." Ele olhou de uma distância bem próxima para o rosto da garota desconhecida, então voltou os olhos para o teto e relaxou, afundando pesadamente no colchão mais uma vez. Ele fechou os olhos.
Isso é um sonho? Ainda devo estar dormindo. Sim, deve ser isso, Rio pensou consigo mesmo, tentando convencer sua própria mente e evitar a realidade da situação atual.
Não importa o quão profundamente estivesse dormindo, ele deveria ter acordado no minuto em que detectasse a presença de uma pessoa desconhecida ao seu lado. Sem mencionar o fato de que as barreiras de detecção de intrusos ao redor da casa teriam sido ativadas primeiro. Isso tinha que ser um sonho.
Os pensamentos de Rio agitaram-se rapidamente até que ele chegou à conclusão de que era um sonho. Então, ele fechou os olhos com força.
E, no entanto, ele ainda se sentia estranhamente acordado.
Depois de mais ou menos um minuto, Rio lentamente abriu seus olhos e lançou todas as cobertas em um único movimento. Lá, uma visão verdadeiramente impossível se espalhou diante dele: pele branca como a neve, membros extremamente bem equilibrados que eram suaves e femininos, e dois montes de aparência macia.
Em outras palavras, havia uma beleza de cabelos cor de pêssego completamente nua diante dele.
"EEEEEEEEH?!" Em seu pânico, Rio deixou escapar um grito incrédulo. Nunca em nenhuma das vidas ele experimentou o ato de acordar ao lado de uma mulher nua dormindo ao lado dele.
Acordada pelo grito de Rio, a garota se sentou na cama. Com as pernas dobradas debaixo dela, ela olhou confusa para Rio. A série de movimentos que ela fez foi estranhamente erótica, fazendo Rio desviar o olhar sem pensar.
P-Por que estou dormindo com uma garota nua?! Rio gritou em sua cabeça. Seu rosto estava queimando, mas seu corpo estava suando frio. Se seus olhos vagassem um pouco, o corpo nu da garota entraria em sua visão. Ele ficou tenso.
"O-O que aconteceu, Haruto-san?!", Miharu perguntou, corajosamente espiando pela porta do quarto de Rio.
Dominic havia feito o quarto para ser perfeitamente à prova de som, mas Rio escolheu deixar sua porta aberta para ouvir as coisas enquanto dormia, razão pela qual os gritos de Rio chegaram à sala de estar. Miharu estava tentando tomar a iniciativa depois que Rio os aceitou sob seus cuidados, levantando-se antes de todos e preparando o café da manhã.
".... Eh? Ah, isso, e~tto..."
Quando Miharu avistou Rio e uma garota nua sentados perto um do outro na enorme cama, ela hesitou, desorientada. Ela tentou se explicar, mas suas bochechas estavam gradualmente ficando vermelhas. Rio cobriu o corpo da garota com um cobertor com pressa, mas já era tarde demais — o que tinha acabado de ver já estava gravado na mente de Miharu. Sem saber o que fazer a seguir, ela começou a chorar.
Era compreensível — seu gentil e sincero salvador havia trazido uma garota bonita e nua para passar a noite enquanto eles estavam inconscientes, afinal. Do ponto de vista de Rio, isso não era de forma alguma verdade, mas a situação atual não podia deixar de passar essa impressão.
"E-Espere, não é isso! Mii— Miharu-san! Isso é um mal-entendido...", Rio tentou se explicar atrapalhado, mas estava sem palavras. Mesmo se quisesse negar tudo, ele não sabia como explicar.
"Huh?!" A garota de cabelos cor de pêssego inclinou a cabeça questionando, observando Miharu firmemente antes de se agarrar a Rio de repente. O cobertor que a cobria se moveu, fazendo o corpo de Rio estremecer, enquanto o rosto de Miharu também atingiu o auge da vermelhidão.
"E-Eu sinto muito! Não deveria ter aberto a sua porta sem avisar.... Eu não vi nada! Com licença! —Oww!" Com grande força, Miharu baixou a cabeça, girou 180 graus e recuou imediatamente. No entanto, em sua pressa, ela bateu direto no batente da porta.
"T-Tudo bem?!" Rio perguntou em pânico.
"Estou bem... Ugh... sinto muito... me desculpe. Eu sou tão desajeitada." Miharu cambaleou enquanto balançava a cabeça repetidamente, com o rosto ficando vermelho de vergonha enquanto recuava, com sucesso dessa vez.
Apenas Rio e a visitante ficaram no quarto. O desejo de perseguir Miharu surgiu dentro de Rio, mas ele baixou a cabeça em desapontamento. "... E~tto, quem é você? Poderia me explicar essa situação?", ele perguntou, em seguida colocou um cobertor sobre a garota. Ele não estava cômodo conversando com uma garota nua, mas precisava resolver a situação em mãos primeiro.
"Eu sou, o espírito contratado do Haruto?", ela respondeu com uma voz clara e bonita, inclinando a cabeça curiosamente.
"Espírito... entendo. O espírito do contrato. Então é você...", Rio se acalmou imediatamente com a resposta da garota.
Compreendendo quem era a garota, ele observou seu rosto e percebeu que ela tinha uma aparência muito divina. No entanto, ela parecia quase artificial em um sentido, sua beleza deixava uma impressão fria e efêmera. Sua aura era semelhante à de Dryas na aldeia dos Seirei no Tami, embora Dryas tivesse uma gama muito maior de emoções do que a garota diante dele agora.
Fazia sentido considerando a situação, e a garota tinha aquela leve sensação de ter uma força vital característica dos espíritos — Rio concluiu que a garota a sua frente era realmente o seu espírito contratado.
".... Há muita coisa que eu quero te perguntar. Quem é você? Por que você fez um contratado comigo? Foi você quem me deu as instruções para salvar Miharu-san e os amigos dela, certo?"
Rio fez pergunta após pergunta. Ele tinha que entender quem era seu espírito contratado e o quanto ela sabia. Ele sempre quis descobrir, na verdade. No entanto, a garota balançou a cabeça lentamente de forma preocupada.
"Eu não sei.", ela respondeu simplesmente.
O rosto de Rio caiu em decepção. Ela havia evitado suas perguntas.
"V-Você não sabe...? Você não me disse para ir para o sudeste quando eu estava em Amande? E me ensinou como usar as artes espirituais, quando eu ainda era criança.... Não foi você?", ele perguntou, se recompondo.
"Eu não sei.", a garota respondeu com uma expressão sem emoção, no entanto, sua voz tinha um toque de tristeza em seu tom. Ela silenciosamente estendeu sua mão e gentilmente agarrou a mão de Rio.
"Quente.", um murmúrio suave pareceu alcançar os ouvidos de Rio quando ela agarrou sua mão. No entanto, a boca da garota não se moveu e sua expressão parecia bastante aliviada.
Rio ficou completamente desnorteado. "E~tto, então... Você poderia pelo menos me dizer seu nome?", ele perguntou com um suspiro.
"Eu também não sei meu nome.", a garota respondeu com um olhar triste.
"V-Você não sabe seu nome? E~tto, então, o que você sabe?", Rio questionou, perplexo.
"Que vou ficar ao lado do Haruto, então eu quero um nome.", disse ela.
".... Ao meu lado, huh." O rosto de Rio caiu com tristeza.
A garota olhou para o rosto de Rio um pouco inquieta. "Eu posso?" "Você... pode, mas por que eu?", Rio perguntou de volta, confuso.
"Eu existo pelo bem do Haruto.", a garota disse claramente, sem mostrar nenhum sinal de vergonha. Suas palavras eram quase como uma confissão bela e pura, embora a garota provavelmente não tivesse intenção de parecer assim.
Os olhos de Rio se arregalaram, antes de uma risada escapar de seus lábios. "...Haha. Entendo."
Por alguma misteriosa razão, ele não sentiu qualquer hesitação em aceitar a atitude da garota. Foi porque ela era seu espírito contratado? Ele não sabia ao certo, mas foi isso o que Rio assumiu.
"Então, eu acho que... é isso mesmo. Vamos ter que pensar em um nome para você." Por enquanto, Rio decidiu aceitar a presença da garota aqui.
A garota mostrou um leve sorriso ao assentir. "Sim."
".... Falando em nomes, você sabe meu nome, certo?", ele perguntou, quase se sentindo cativado por aquele sorriso. Agora que estava se acalmando mentalmente, percebeu que a garota o chamava de Haruto.
"Porque Haruto é Haruto, não é?" A garota respondeu sua pergunta com um olhar curioso. Talvez tenha sido espontâneo, mas suas palavras soaram profundas.
Rio coçou a cabeça com uma expressão complicada. "Não... Bem, sou, mas não é bem... Você sabe meu outro nome?", ele perguntou com cuidado.
"Eu sei. Rio.", a garota respondeu sem perder um instante.
"Então você sabe disso também. Quanto você sabe sobre meu passado?" Rio colocou a mão em sua boca enquanto pensava.
"Eu sei tudo sobre Haruto." A resposta que ele recebeu foi bastante inesperada, deixando Rio surpreso.
"Tudo... O que significa, umm... Tudo sobre Amakawa Haruto também?"
"Quer dizer o Haruto que veio antes do Haruto que existe agora?" A resposta da garota foi bastante filosófica, mas disse a Rio tudo o que ele queria saber.
".... Então você sabe."
Rio quase podia sentir uma dor de cabeça chegando. Justo quando ele decidiu ocultar sua vida anterior de Miharu, Aki e Masato, alguém que sabia de sua vida anterior apareceu. Quando ele pensou sobre isso, percebeu que essa garota e seus três convidados japoneses não podiam se comunicar entre si, então não deveria haver nenhum problema.
"Não se preocupe. Eu não vou contar a eles." A garota balançou a cabeça lentamente.
"Isso é.… não, eu entendo. Obrigado." Rio estava quase perguntando algo, mas depois de um momento de hesitação, agradeceu com um sorriso forçado. Era um assunto que ele queria evitar, mas desde que ela o havia tocado primeiro, parecia que ele agora devia algo a ela.
Ele perguntou uma última coisa. "... E você sabe por que sabe dessas coisas, por acaso?"
"Eu não sei. Haruto sabia?" Ela balançou a cabeça, permanecendo tão inexpressiva como sempre, enquanto inclinava a cabeça se questionando.
Rio a observou quietamente enquanto ela o observava de volta. No final, Rio foi o primeiro a desviar o olhar — não havia como dizer por quanto tempo eles poderiam ter se encarado.
".... Sobre o seu nome. Tem certeza que quer que eu te dê um nome? É o seu nome, então talvez seja melhor você pensar em um por si mesma.", Rio suspirou.
"Um nome dado por Haruto será um bom nome.", ela afirmou.
"E~tto, então... Você pode me dar algum tempo para pensar sobre isso?", Rio perguntou com um olhar preocupado. Não era fácil nomear alguém na hora, e ele não achava que nomes deveriam ser decididos tão facilmente de qualquer maneira.
"OK." Ela assentiu.
Rio tinha perguntado tudo que ele queria saber agora por enquanto, então ele processou a situação em sua cabeça. Até o momento, ela não parece ser uma pessoa má. O que significa... o que eu preciso fazer agora é...
"Gostaria de esclarecer o mal-entendido com Miharu-san imediatamente, então você poderia vir comigo? Ah, mas vamos ter que conseguir algumas roupas para você vestir primeiro..."
No momento em que ele pensou em ir falar com Miharu sobre a situação, lembrou-se de que a garota estava completamente nua debaixo do cobertor e parou, perplexo. A sensação do que ele tocou antes e o belo corpo que ele viu de relance ressurgiram em sua mente, fazendo-o balançar a cabeça furiosamente.
"Roupas... assim?" A garota murmurou baixinho. Um flash de luz escapou de debaixo do cobertor antes que ela levantasse as cobertas.
"Wah! E-Espere! ...Huh?" Rio apressadamente desviou o olhar de tal ação ousada, mas o flash de uma cor diferente da pele no canto do olho o fez olhar para trás timidamente. A garota agora estava usando um vestido simples.
“C-Como?" Rio quase se viu cativado por quão bonita ela era, mas a dúvida dele venceu o encanto dela.
"Eu teci com odo e mana.", a garota respondeu com indiferença.
"Entendo, então aquela luz bem agora foi artes espirituais... Não, espere. Você pode fazer isso?" Rio questionou com uma inclinação de cabeça, balançando a cabeça em meio entendimento, e meio dúvida residual. Ele nunca tinha ouvido falar de roupas sendo criadas por odo e mana antes. "Bem, tanto faz. Vamos. Você... pode não falar a língua dela, mas vou explicar tudo, então fique perto de mim." Com um suspiro, Rio se levantou da cama; como ela tinha feito suas roupas não era um problema no momento. Ele se sentia completamente exausto, apesar de ter acabado de acordar.
"Eu posso falar a língua, no entanto.", a garota disse com indiferença. Até agora, eles haviam conversado na língua comum de Strahl, mas a língua que a garota havia usado agora foi o japonês.
"Então você pode falar japonês também. Bem, se você sabia sobre minha vida anterior, então... isso faz sentido?"
"Eu posso falar todas as línguas que Haruto pode falar."
".... Estou vendo." Rio não estava mais surpreso, agora simplesmente aceitando as explicações conforme elas vinham. "Vamos indo então. Você pode deixar a explicação comigo, mas seria útil se você pudesse falar se Miharu-san lhe perguntar alguma coisa."
"Ok.", ela acenou com a cabeça, antes de se levantar da cama de Rio.
Ele então abriu a porta de seu quarto e se dirigiu à sala de estar onde Miharu provavelmente estaria, seus passos se sentiam pesados.
◇◇◇
Acompanhado de sua nova hóspede, Rio finalmente entrou na sala. Miharu parecia estar na cozinha; ela havia notado que Rio e a garota deixaram o quarto, mas continuou a se concentrar em preparar a comida enquanto escondia seu constrangimento. Enquanto isso, parecia que Aki e Masato ainda estavam dormindo.
"Umm, bom dia, Miharu-san." Rio se aproximou de Miharu com determinação, falando em uma voz mais alta do que o normal.
"Ah, b-bom dia, Haruto-san! E~tto, estou preparando o café da manhã agora, então... umm, você poderia esperar um pouco mais?", Miharu falou, evitando contato visual com Rio. Suas bochechas ainda estavam manchadas de vermelho e seu pânico era claramente visível.
Rio estava muito abalado para notar mais cedo, mas seu avental e sua figura uniformizada eram muito domésticos e caseiros. Era a epítome da doçura, e Rio se viu encantado antes que percebesse. "Umm, está tudo bem se conversarmos por um momento? É sobre ela.", disse ele a Miharu com um olhar para a garota espírito que esperava atrás dele.
"Ah, sim. O-O que é?", Miharu perguntou, finalmente olhando para a garota. A impressão anterior que Miharu teve do estado de nudez da garota tinha sido tão forte que ela não havia notado seu rosto lindamente refinado. Os olhos de Miharu se arregalaram de surpresa.
Por um momento, o silêncio caiu entre eles.
Tomando uma respiração profunda, Rio abriu sua boca. "Eu sei que deve estar surpresa com a mudança repentina dos acontecimentos, mas gostaria de começar contando a verdade. Existem formas de vida superiores neste mundo chamadas 'espíritos', e ela é um desses espíritos..." Ele sabia que tinha que explicar essa parte devidamente.
"Um... espírito? Ela?", Miharu olhou para a garota interrogativamente. Embora Miharu soubesse o que a palavra "espírito" significava, ela não conseguia ver a garota como outra coisa senão um humano em termos de aparência. A garota tinha uma beleza quase etérea, no entanto.
"... Miharu." Quando a garota encontrou os olhos de Miharu, ela murmurou seu nome.
Miharu ficou surpresa por um momento. "Ah, sim. Eu sou Ayase Miharu. E~tto, qual é o seu nome?", ela perguntou.
"Eu não tenho um nome." A garota balançou a cabeça com tristeza, depois olhou para Miharu como se estivesse com inveja do fato de Miharu ter um nome.
" E~tto... V-Você não tem um nome?", Miharu olhou para Rio, perplexa.
"Sim. Não sei se é porque ela é um espírito..., mas ela não tem um nome. Eu quase não sei nada sobre ela, na verdade."
"Eh? Ah, e~tto, então é… assim?" Incapaz de processar o fluxo da conversa, Miharu inclinou a cabeça em confusão.
"Sim. Ela fez um contrato comigo enquanto eu estava inconsciente, e esteve dormindo dentro de mim o tempo todo — até agora. Eu nunca a encontrei cara a cara, nem falei com ela antes. Então, esta manhã, ela apareceu de repente fora de mim e… umm, invadiu minha cama. Eu gritei porque havia uma garota desconhecida ao meu lado quando acordei... J-Juro que não fiz nada indecente com ela!", Rio apelou para Miharu com tudo que tinha, baixando a cabeça vigorosamente.
"N-Não há necessidade de abaixar a cabeça! Acho que entendo o que você está dizendo, de certa forma! P-Pelo contrário, foi culpa minha ter espiado dentro do seu quarto sem avisar, então sou eu que deveria estar me desculpando! Eu sinto muito!", Miharu se desculpou de volta, gesticulando freneticamente em uma tentativa de parar Rio.
"Você... acredita em mim?", Rio ergueu a cabeça timidamente e olhou para o rosto de Miharu. Para ser honesto, ele não esperava que ela acreditasse nele tão facilmente e estava preparado para ser odiado por ser indecente.
Miharu se endireitou e assentiu com firmeza. "S-Sim. Haruto-san não parece ser o tipo de pessoa que mente sem motivo." Ela sorriu timidamente.
"M-Muito obrigado...", Rio suspirou com alívio e a força se esvaindo dele.
"Suficiente?", a garota espírito inclinou a cabeça e perguntou a Rio.
"Sim. Obrigado." Rio sorriu feliz.
"Então, ela pode falar japonês?", Miharu perguntou curiosamente, observando o rosto da garota.
"Sim. Ela nasceu e cresceu como um espírito neste mundo, mas aparentemente ela pode falar qualquer língua que eu fale, então..."
"E-Espíritos são incríveis... E ela é muito bonita também. Mesmo que ela não pareça diferente de nós, humanos, por fora, certamente há algo de outro mundo na atmosfera em volta dela.", Miharu disse enquanto olhava para a garota com admiração.
"Miharu também é bonita.", disse a garota de repente.
Os olhos de Miharu se arregalaram de surpresa. "Eh? E-Eu? Isso não é verdade.", ela negou.
".... Não, eu acho você linda também, Miharu-san.", Rio interrompeu hesitantemente.
"Ah, eh, H-Haruto-san, você também não. .... Ah, é isso mesmo! Eu tenho que preparar o café da manhã!", sem saber como responder, Miharu corou furiosamente e correu para a cozinha com pressa.
"Oh, Haruto-niichan. Bom dia.…" Um sonolento Masato apareceu na sala de estar, mas no instante em que a garota espírito ao lado de Rio entrou em seu campo de vista, ele congelou no local em estado de choque.
"Bom dia, Masato-kun.", Rio disse com um sorriso irônico. No entanto, Masato ainda estava congelado no local, sua respiração foi tomada pela aparência da garota.
"..."
"Ei, Masato. O que está esperando? Você está bloqueando o caminho... Mō~!", Aki já estava acordada. Quando ela ficou impaciente com Masato bloqueando seu caminho, ela passou por ele e entrou na sala, já que ele não dava sinais de se mover.
"Ah, bom dia, Haruto-... san.", Aki educadamente tentou cumprimentar Rio quando o avistou dentro da sala, mas congelou assim como Masato fez quando viu a garota espírito ao lado dele.
"Bom dia, Aki-chan", Rio a cumprimentou com um sorriso forçado.
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