Prólogo
Em um mundo muito, muito distante da Terra... Havia umgaroto.
Um garoto que sabia que não existia salvação neste mundo podre.
Aqui, o forte comia, enquanto o fraco era comido — essa era a lei irracional desse mundo. Vasculhando por sobras, implorando nas ruas, sofrendo abuso violento, e ser forçado ao crime... todo dia, esse garoto era explorado como escravo. Sua mente tinha sido desgastada há muito tempo. E mesmo assim, o garoto ainda estava sedento por algo mais.
Ele queria viver — viver, e matar um certo homem; ele iria tão longe
como comer sujeira para fazê-lo. Ele agarrou-se a esse único desejo...
O sol da manhã brilhava pela janela de uma sala mal iluminada, apenas mal lançando luz sobre seu interior. O cheiro de ferro enferrujado permeava cada centímetro da pequena sala. Corpos estavam espalhados pelo chão encharcado de sangue; havia um único saco sentado em uma esquina. Era um saco grande o bastante para caber uma criança pequena —
“Mm! Mm, mmrgh! ”
Um som abafado veio de dentro do saco se contorcendo. O coração do garoto retumbava em seu peito. Ele segurou a respiração para parar seu tremor e se aproximou do saco. Com medo, ele desamarrou o cordão. O saco caiu aberto com um som suave. Com certeza, havia uma menina jovem e bonita em um elegante vestido de sacerdotisa enrolada dentro dele. Ela tinha longos cabelos lavanda em cascata e olhos púrpura.
Ah, eu sabia...
O garoto sabia.
Neste mundo...
Não havia salvação.
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